A FARRA DAS IGREJAS
Trata-se de um assunto delicado que requer uma abordagem objetiva, por isso
levanto questões sobre o tema.
Nos tempos difíceis que atravessamos, o único setor da
economia que não sofre maiores percalços é o da fé, mais precisamente das
igrejas.
Será correto enquadrar igrejas como um setor ativo da
economia?
De minha parte(que significa praticamente nada) não tenho
dúvidas, pois a fé, alem de “remover montanhas”, move montes de dinheiro para
as “sacolinhas” das igrejas e para o bolso dos pastores.
Basta olhar a vida de luxo que levam esses donos de igrejas,
que vendem de tudo, água sagrada, fogo dos céus, curas milagrosas, alem de
garantir a cobiçada vaga no paraíso, ao lado de Deus e de belas anjas.
Pastores de igrejas ditas evangélicas, cruzam os céus a
bordo de seus jatos particulares(não precisam emprestar da JBS), possuem
palacetes em ricas áreas de veraneio, com todos os confortos e mordomias,
inclusive adegas que fazem até inveja ao manguaceiro apedeuta Mula.
Alugam horas e horas nos canais de TV de segunda linha, onde
apresentam seus programas mercadológicos, pregando, prometendo milagres e
coletando o suado dizimo dos crédulos fiéis, que doam até o que não possuem.
O mesmo ocorre na igreja católica, apenas de forma mais
velada, pois seus padres e bispos são mais conscientes, principalmente por ter
melhor formação teológica, mas mesmo assim, não deixam de “correr as
sacolinhas” e viver numa boa moleza.
Ser dono, pastor, bispo, cardeal, de uma igreja é um grande
negócio, pois as igrejas de qualquer culto, inclusive terreiros de umbanda e
similares, são isentos de todos os impostos, federais, estaduais e municipais.
Não pagam Imposto de Renda, IPTU, IPVA, ICMS, ISS, Imposto
de Transmissão, uma moleza total.
Esse “ramo de negócio” é tão bom, que no Brasil existem
aproximadamente 570 mil igrejas, com forte crescimento das evangélicas que
aumentam em média, 14 mil por ano.
No geral, são criadas 20 igrejas por dia no país, um negócio
florescente, alheio a crises e dificuldades conjunturais.
Se o país, os estados e os municípios estão em situação
pré-falimentar, porque, ao invés de aumentar tributos diretos e indiretos que
pesam no bolso dos cidadãos, não suspendem essas pródigas isenções concedidas às
igrejas?
Pelo volume de dinheiro que circula na “indústria da fé”,
com certeza, teríamos um sensível incremento na arrecadação, permitindo um
alívio ao povão, obrigando as igrejas a serem mais racionais, deixando de
torrar o dizimo na construção de templos faraônicos e outras despesas
perdulárias.
Esta seria uma forma justa, das igrejas contribuírem diretamente
para o alívio material de seus fiéis.
José Roberto- 27/06/17
BOM TEXTO
ResponderExcluirAQUI NO BRASIL, FICAMOS NA DÚVIDA SE É MELHOR ABRIR UMA IGREJA OU UM PARTIDO POLÍTICO?
OS DOIS RENDEM MUITA GRANA.
É pela opinião acima, Zé, que entendo não ser justo jogar o assunto na vala comum.Comparar a Igreja Católica com as demais sob a visão ganho, receita ou resultado, ou qualquer coisa que queira acrescentar, não faz o menor sentido.
ResponderExcluirDesculpe, mas assim penso.
Caro amigo Heleno
ExcluirSou católico, fiz ginásio e científico em colégio salesiano.
Não sou carola, mas ainda vejo missa aos domingos, quando dá.
É obvio que não dá para comparar a Igreja Católica com essas igrejas de esquina, com pastores semi-analfabetos que decoram algumas passagens das Bíblia.
Contudo, nossa igreja é ainda muito opolunta e nossos padres, principalmente bispos, levam um vida boa.
No interior de São Paulo, quando frango era "mistura" de domingo, costumava-se dizer, que "Barriga de padre era cemitério de frango".
Mas é isso aí, ponderando-se as coisas, as antigas igrejas tradicionais como a Protestante, Presbiteriana, são bem mais sóbrias e corretas que essas evangélicas que se multiplicam a cada dia.
Abraços,
Zé