ESCREVI ESSE TEXTO HÁ EXATAMENTE 8 ANOS.
ESTAVA PREVENDO A DESGRAÇA QUE ESTAVA POR NOS ASSOLAR,
DEVIDO AO COMPADRIO E CORRUPÇÃO DE LULA, DO PT E DE SEUS ASSOCIADOS.
TEXTO RECUPERADO DO BLOG TERRA OPINIAODOZE, QUE
INFELIZMENTE, REFLETE BEM OS DIAS ATUAIS E O MEU ÂNIMO, QUE CONTINUA O MESMO.
José Roberto- 01/08/16
O PESSIMISTA
Ao contrário do meu amigo Bastião que envelhece esperançosa
na graciosa “Noiva da Colina, sou hoje um pessimista convicto.
Não que tenha nascido assim, era até muito bonzinho, mas fui
piorando com o tempo, até chegar a situação atual.
Na minha infância e juventude, era como todos os jovens da
época, essencialmente otimista, acreditando num Brasil melhor, com oportunidade
para todos, enfim o gigante adormecido levantava de seu berço esplêndido.
Havia duas opções para quem morasse em Piracicaba naquela
época e que não tivesse dinheiro para estudar fora(meu caso), cursar Agronomia,
a primeira preferência, ou Odontologia.
Concluindo o científico e com a abertura da Faculdade de
Economia, após longas conversas com meu grande e saudoso amigo Norberto, optei
por fazer esse curso, pois meu pai não
era fazendeiro e de dentista sempre quis distância, alem do mais, o país
entrava firme na era do desenvolvimento e os temas em voga eram, planejamento, programas plurianuais, metas, objetivos etc.
Durante os quatro anos do curso, apesar da repressão a
liberdade de imprensa e problemas estudantis, continuava otimista, pois ansiava
pela formatura, um bom emprego e o sonhado tutuzinho.
O país atravessava uma ótima fase, havia emprego para todos,
com grande necessidade de mão de obra especializada.
Comecei a trabalhar na CESP logo após a formatura, ganhando
quatro vezes mais que o meu salariozinho de bancário, que me custeou durante
esses anos.
Acostumado a contar centavos, passei a receber uma nota
preta(na visão de um duro)
Durante os cinco primeiros anos como profissional,
trabalhava muito e continuava otimista, até que, com a mudança do governo, o
honrado e ilustre presidente Professor Lucas Nogueira Garcez foi substituido
por Luiz Marcelo. Aí a coisa começou a mudar.
Luiz Marcelo era um
católico carola e fajuto que adorava mordomias,
Sua primeira providência foi reformar a pousada em Campos de
Jordão, que servia de alojamento para os funcionários em trânsito.
Transformou a pousada em seu castelo particular, provendo a
dispensa da casa com tudo do bom e do melhor, com uma adega de fazer inveja a
qualquer milionário.
Foi lá que provei pela primeira vez, uma dose do “Royal
Salut”, pois o homem era muito chegado a um bom uísque. Bota bom nisso!
Tinha uns doze filhos e uma mulher que adorava usar os
helicópteros da empresa em sua viagens. Esses aparelhos eram utilizados para
supervisionar as redes de alta tensão e essa senhora chegou ao absurdo de
comprometer esse trabalho.
Embora na gestão anterior houvessem problemas,
puxa-saquismo, promoções suspeitas, a situação era tolerável.
Na era Luiz Marcelo a situação deteriorou e comecei e
enxergar mais claramente, percebendo que nem tudo era preto ou branco, mas que
haviam muitas áreas cinzentas e nebulosas.
Começou o meu desencanto, ou melhor comecei a entrar “na
real”.
Não agüentei muito tempo a mudança radical de costumes e
valores, pois abominava ficar coçando o saco, fingindo trabalhar.
Aceitei um convite e vim para o Rio, para organizar na
Eletrobrás, a área de comercialização de energia elétrica.
Por aqui a situação não era diferente. Existiam algumas
diretorias em que o pessoal trabalhava para valer e outras que eram pura
embromação, com gente que ficava cruzando o país atrás de diárias e ajudas de
custo, atrapalhando ao invés de ajudar as concessionárias estaduais de energia.
Fui ficando mais cético, mais amargo, vendo incapazes
ocuparem cargos importantes sem um mínimo de competência e qualificação, graças
a padrinhos e políticos que lhes davam a necessária cobertura.
Com a democratização do país, ao invés de melhorar as coisas
pioraram.
O governo Sarney foi uma desgraça. Collor quase nos afundou
de vez.
Com o topetudo e temperamental Itamar a situação apresentou
melhoras. FHC teve um bom primeiro governo, arruinando sua gestão quando
negociou descaradamente o segundo mandato, desprezando tudo que havia escrito e
pregado anteriormente,
As negociatas, roubalheira e corrupção que sempre existiram,
começaram a ganhar fôlego, a ponto do antigo líder sindicalista afirmar que no
Congresso havia mais de trezentos picaretas.
Quando após muita persistência, o sindicalista conseguiu se
eleger presidente do Brasil, embasbacado pelo gosto do poder e assessorado por
uma corja de espertalhões, transformou o país num cabide de empregos, ajeitando
a vida de milhares de cupinchas, políticos desempregados e facilitando as
tramóias de seus compadres.
Para esses sortudos, bons empregos eram uma barbada.
Os pobres coitados que se formam e tentam entrar para o
mercado de trabalho estão ferrados, concorrendo com milhares e sujeitando-se a
cargos não condizentes com sua formação e a salários aviltantes.
Se bem que a maioria desses pretensos profissionais, sejam
oriundos de universidades caça níqueis, verdadeiras fábricas de diplomas que
inundam o mercado de técnicos semi-analfabetos, sem a formação requerida e
desejada.
Essas faculdades, quase sempre de políticos, contribuem para
conspurcar o ensino no país, que do básico ao médio, são também sofríveis,
devido a baixa remuneração e qualificação insuficiente dos professores.
Convivemos a duras penas com problemas seríssimos na
educação, na saúde que agoniza e na segurança.
Hoje, nas capitais e cidades maiores, é uma temeridade dar
um passeio noturno sem nos sujeitarmos a riscos imensos.
As ruas, avenidas, bairros e favelas tornaram-se patrimônio
dos bandidos e traficantes, que sobrepujam o poder público, impondo suas
bárbaras leis.
Apesar das promessas, do imenso volume de dinheiro arrecadado
com nossos impostos, não vemos sinais patentes de melhoria.
Viver torna-se uma aventura, com um script que contraria
tudo aquilo que almejamos.
Graças a Deus, meus filhos já estão adultos e encaminhados,
contando com a retaguarda que pude lhes propiciar e com resultados fruto de
seus próprios méritos.
Quando penso no futuro fico ainda mais amargo, pois não sei
o que estará reservado à meus netos e seus sucessores.
Para desfazer as burradas dos governos e especialmente do
atual, para colocar novamente o país nos trilhos, só mesmo a vinda de um novo
Messias!
Será que sou mesmo um pessimista?
José Roberto- 31/07/08
.
Texto atual. Infelizmente!
ResponderExcluirVOCÊ JÁ PODE SE CANDIDATAR A PITONIZA, POIS ESTÁ ADVINHANDO TUDO
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