O RIO E A BATALHA DE ITARARÉ

O RIO E A BATALHA DE ITARARÉ

Esse Cabral é mesmo uma figura!

Bateu o pé, fez birra, beicinho, ameaçou o governo e a Petrobras com mil retaliações, mas na hora H, “mijou para traz”.

Deu carta branca para que a Assembléia Legislativa do Rio aprovasse a lei que institui a “taxa de fiscalização de petróleo e gás”, que deveria cobrir as perdas do estado, com a mudança aprovada pelo congresso na distribuição dos royalties.

Tudo fanfarronice, jogo de cena, conversa mole para boi dormir.

Nosso governador adora ser teatral, posando como machão destemido, dirigente de um estado que pouco conhece.

Como ele própria vem afirmando em centenas e repetitivas inserções na TV, “que cuida de tudo é o Pezão).

Cabral gosta mesmo é de um teatro, principalmente em Paris, e “d’après”, um jantarzinho de leve no “Le Tour D’Argent”, em companhia dos amigos empresários,  que cuidam dos detalhes menores, dentre eles, pagar a conta.

Bastou a Assembléia ameaçar aprovar a Lei, para que Cabral pressionasse no sentido contrário, tendo em vista que os deputados não haviam entendido a galhofa.

A sério, nada de pinimbas com o governo e o STF, pois quem tem mais a perder é o estado.

Imaginem se Dona Dilma, com os culhões cheios, ameaça transferir para Brasília a sede da Petrobras e de suas subsidiárias?

Se resolve, que nenhuma nova refinaria será construída no Rio, nem mesmo as existentes modernizadas e ampliadas?

Essa seria uma pequena amostra das “sete pragas” que castigariam o estado, caso tentem dificultar a vida da Petrobras(que já passa por um inferno astral).

Porque o nervoso governador, ao invés de ameaçar suspender o pagamento de fornecedores, prestadores de serviço e até da merenda escolar, não teve a ombridade de mandar rever e cancelar mordomias, verbas de gabinete, reduzir seu imenso staff e secretarias, alem de eliminar gastos desnecessários com propaganda e marketing?

Calma aí Seu Zé!

Devagar que o santo é de barro!

Porque o cara escolheu essa profissão?

Estamos cansados de saber, em prosa e verso, que político não dá ponto sem nó, “primeiro eu, depois o samba”, “farinha pouca, meu pirão primeiro”, “mulher e cunhado não são parentes” e assim por diante(desculpem pelo abuso de chavões manjados, mas que são o melhor retrato da nossa realidade política).

Cabral fez que foi e não acabou “fondo”.

Conseguiu que o Rio, tivesse sua Batalha de Itararé(aquela que não existiu).

José Roberto- 12/03/13