CASTELO DE CARTAS
Quem acompanha meu blog sabe que sempre tive um pé atrás com
esse almofadinha anêmico, Eike Batista.
Dizem que o cara enriqueceu, graças as informações
privilegiadas que recebeu do pai, Eliezer Batista, que mapeou todo o território
nacional durante o período que presidiu a então estatal, Vale do Rio Doce,
entregando de bandeja ao filho, o “filé mignon” dessas prospecções, deixando
obviamente a Vale e ao governo, a “carne de pescoço”.
Com essas informações no bolso do colete e com o advento do
PT ao poder, Eike engajou-se a turma sequiosa pelo poder e mordomias,
conseguindo dar-se muito bem, com vantagens e financiamentos a disposição, um
verdadeiro “pinto no lixo”.
O BNDES escancarou-lhe as portas, financiando a juros de
“compadre” todos os sonhos megalomaníacos do Branquelo, com participação
societária em todos esses empreendimentos, que iam aumentando, a medida que
grupo X precisasse de mais grana.
Que o cara é bom de marketing e um grande vendedor, não há
dúvidas.
Divulgava aos sete ventos que pretendia construir um porto.
Lançava ações desse porto de papel que era vendida com sucesso na Bolsa. O
BNDES ficava com parte substancial.
Para operar o porto, criava no papel, uma firma de
logística, vendendo num piscar de olhos essas cobiçadas ações. O BNDES ficava
com boa parte.
Para transportar as mercadorias que circulariam pelo porto,
criava no papel, uma companhia de navegação, abrindo o capital e vendendo as
ações “no tapa”. Obviamente, o BNDES comprava grande parte.
Como precisava de navios, inventou no papel um estaleiro,
vendendo como de costume, na maior moleza, essas ações na bolsa. Também como de
costume, o BNDES adquiriu grande parte dessas ações.
Dessa forma mágica, sem praticamente produzir nada, o Sr.
Eike vendia sonho e ilusões aos brasileiros, que acreditavam em seu “toque de
Midas”, e com a grana do BNDES enriquecia a passos de gigante, a ponto de
tornar-se um dos homens mais ricos do mundo.
O danado ainda teve o desplante de afirmar, que dentro de
pouquíssimo tempo estaria no topo da lista.
Como diz o velho ditado, “não há mal que sempre dure e bem
que nunca se acabe”, ventos ameaçadores começaram a assoprar em sentido
contrário as empresas do Grupo X.
A crise mundial, a quebra dos bancos e as tristes lembranças
dos incautos brasileiros que investiram pesado no “Boi Gordo” e noutra empresa
do “Avestruz”, fizeram acender uma luz vermelha de alerta.
Bastou uma multinacional desistir de uma sociedade com Eike ,para
que seu castelo começasse a desabar.
As empresas do Grupo X funcionam num sistema de “corrente”,
necessitando de um fluxo continuo de grana.
Basta que se quebre um elo para o sistema fazer água e o
pânico tomar conta dos investidores.
Dito e feito.
Desde o inicio de 2012 o Grupo tem apresentado perdas
significativas, a ponto de apenas nestes primeiros meses do ano, duas de suas
principais empresas, a OGX e a OSX perderem respectivamente 48% e 54%, de seu
valor de mercado.
Eike tenta desesperadamente que o BNDES aumente suas
participações nessas empresas que estão afundando, porém, com a mídia dando
destaque a esses tropeços fica mais difícil ao banco estatal continuar com sua
generosidade.
O desespero chegou a tal ponto, que o empresário requisitou
os préstimos do Ex-melhor Presidente e do Ministro Fernando Pimental, para fazerem
lobby junto ao estaleiro Jurong(Cingapura), numa tentativa de suspender as
obras que já começaram no Espírito Santo, transferindo-as para o Porto de Açu,
em São João da Barra-RJ.
A tentativa deu “chabu”, pois o Governador do Espírito Santo
foi notificado da tentativa de rasteira, botando a boca no trombone, reclamando
com Dona Dilma, com o pessoal da Jurong, inviabilizando o golpe baixo.
As perdas do Grupo X ganham corpo a cada semana, ficando
difícil convencer os investidores que a situação desfavorável é passageira.
A desconfiança é o passo inicial de toda débâcle.
O castelo de cartas ou de areia, balança, balança,
balança...
José Roberto- 25/03/13
Esse cara nunca me enganou.
ResponderExcluirÉ o tipo falastrão, vendedor de sonhos e ilusões.
Bastou uma marolinha para por em risco seu império.
Vamos ver como a coisa vai se desenrolar.
Todo mágico tem seu truque.
ResponderExcluirAzar quando aparece um Mister M para demonstrar que não há mágica, mas apenas ilusão.
O pior é quando a ilusão vira desilusão e dói no bolso.