QUEM TEM..., TEM MEDO!
Voltando de Cuiabá via Brasília, onde esperei duas horas
pela conexão do vôo para o Rio, eis que para meu desgosto e espanto, topo com
um tipo sem graça, talvez se sentindo deslocado por ter que se sujeitar como
todos os mortais, a esperar em fila, a ordem de embarque.
Nada mais, nada menos que o "desenchabido" ministro Dias
Toffoli, o eficiente menino de recados petista e valente defensor dos
mensaleiros.
Alem da azia que senti instantaneamente, ensaiei uma vaia e
soltar um monte de impropérios, que felizmente não foram levados a cabo, devido
ao repentino bom senso e ao “cagaço”,
pois ofender um ministro, mesmo um boçal, poderia me acarretar sérios
problemas.
Na parte final do meu retorno ao lar, cansativa, com cinco
horas de carro de Pontes de Lacerda a
Cuiabá, espera nos aeroportos, aviões lotados, teria ainda que compartilhar o
ultimo trecho com alguém que abomino e que jamais pensei que cruzaria meu
caminho.
Inesperadas armadilhas do destino.
Saquei de imediato, que o cabra petista estava tomando um
vôo de carreira, depois de ter sido denunciado pela revista Veja, que ele e o
colega Lewandowiski(outro leal defensor dos mensaleiros), tem vindo constamente
ao Rio, a bordo de jatinhos executivos, para dar aulas na Universidade Gama Filho,
mordomia concedida por uma universidade que não cumpre suas obrigações
trabalhistas para com os professores demitidos, que se rebelaram contra esse
esbanjamento de recursos.
O serviçal ministro, tentando dar uma de bom moço, resolveu
se passar de “gente como a gente”, mas era mais que óbvio, que se sentia constrangido
misturando-se ao populacho.
Faltou coragem para soltar a vaia, que com certeza, seria
engrossada por outras pessoas, assim que o ministro fosse identificado.
Coragem que não faltou aos eleitores de Campo Belo, bairro
da zona sul paulistana, que hostilizou o ministro Lewandowiski, com vaias e
gritos, chamando-o de “bandido, corrupto, ladrão e traidor”, deixando o revisor
acabrunhado, não lhe restando alternativa senão reconhecer, que essas reações
eram normais num regime democrático.
Voltando ao meu vôo, de Brasília ao Rio, quando notei que
Toffoli passava pelo corredor para ir ao banheiro, até ensaiei esticar a perna
e lhe dar uma rasteira.
Novamente minha valentia se limitou as intenções ocultas,
nada se concretizando de fato.
Escrevendo agora esse texto chego a uma taxativa conclusão:
Me tornei um velhote cagão e falastrão.
José Roberto- 29/10/12
Zé
ResponderExcluirVocê perdeu uma oportunidade de ouro, de dar o troco para esse ministro canastrão.
Não se amofine, pois tomos somos cagões.