PESQUISAS ELEITORAIS
Estudiosos já afirmaram que a estatística é uma ciência
muito próximo da matemática, porem sem sua preciosa exatidão.
Existe apenas uma classe que consegue deturpar a pureza dos
princípios matemáticos, a classe política, que transforma facilmente dois mais
dois, em cinco ou seis, quando se trata de meter as mãos no dinheiro público.
Se esses famigerados que escolhemos para nos representar,
conseguem subverter uma ciência exata, imaginem o que não podem fazer com a
estatística e suas incontáveis margens de erro.
Acredito que justamente nesse fato, resida um dos principais
problemas e males das pesquisas eleitorais.
Determinado candidato, contrata um desses institutos menores
para elaborar uma pesquisa de intenção de votos, dando a entender, que poderá
se tornar um cliente assíduo se os resultados forem satisfatórios.
Excluindo Datafolha e Ibope, todos os demais correm feito
loucos atrás de verbas, mais sujeitos a efetuar pesquisas duvidosas, bem a
gosto do cliente.
Provar que determinada pesquisa foi tendenciosa é assunto
complicado, pois são muitas a variáveis que influem no processo.
Uma pesquisa pode ser totalmente diferente da outra, em
função da metodologia, amostragem, do universo, dos segmentos escolhidos, das
classes sociais pesquisadas, enfim um número imenso de detalhes que podem
desvirtuar o resultado, direcionando-o de forma tendenciosa para agradar ao
patrono do evento.
Não podemos deixar de mencionar o último e principal
detalhe, a famosa margem de erro, para maior ou menor, variando ao sabor dos
interesses envolvidos.
Não concordo com afirmações de titulares desses institutos,
alardeando que as pesquisas ajudam o eleitor na escolha dos melhores
candidatos, como se estar na ponta, seja um salvo conduto ou atestado de
idoneidade.
Salvo exceções, exemplo típico do que ocorre no Rio de
Janeiro, normalmente candidato que sai na ponta, fica na rabeira, fato que vem
ocorrendo nas principais cidades e capitais do país.
Se essas reviravoltas são frutos da divulgação excessiva de
pesquisas, é uma das evidências a ser levada em conta, pelos que se dizem
estudiosos do assunto.
É óbvio que não chegarão a conclusão nenhuma, tanto pela
inexatidão da matéria, a forma de como é tratada em cada instituto, terminando
pela indefectível cabeça do povo, o elo final do processo.
Tenho certeza apenas de um aspecto, relativo a intensa
publicação de pesquisas antes do pleito. Elas subtraem votos dos pequenos
partidos, daqueles que estão na rabeira, estimulando o que é comumente chamado
de “voto útil”.
Votar num dos mais cotados, já que o candidato de sua
preferência não tem a mínima chance.
Ou mesmo o voto por comodidade, evitando a “saco” de ter que
votar num segundo turno.
Segundo meu entendimento de emérito cientista
político(eh,eh.eh,), esse porre de pesquisas de intenção de voto a que somos
submetidos, influi e direciona o voto das minorias, favorecendo os tubarões dos
grandes partidos e detentores do poder.
Conclusão: “aqueles que já estão mamando, tem grande chance
de continuar sugando as sagradas tetas do erário publico”.
José Roberto- 03/10/12
Zé
ResponderExcluirAcertou na mosca, com esse ótimo e esclarecedor texto.
Pesquisas em excesso cheiram mal, e podem influir no resultado do pleito.
Concordo em gênero, numero e grau com o que você escreveu.
Abs,
Pedro Paulo
Zé
ResponderExcluirTambém concordo com suas colocações, pois tenho quase setenta anos e nunca fui entrevistado.
Essas pesquisas devem ser dirigidas, e estratificadas de acordo com o interesse do freguez, pois já estamos cansados de saber que não somos um país sério.
Não sei se as pesquisas influem no resultado de uma eleição, sei apenas que também nunca fui entrevistado.
ResponderExcluirAcho que as entrevistas são dirigidas, principlamente para as classes menos favorecidas, mas influênciaveis.
Os resultados são esses que vemos, sempre ganham os maiorais.