SANDY/JUNIOR E ALGUMAS REFLEXÕES
Assistimos boquiabertos e assustados, os estragos causados
pelo furacão Sandy, açoitando a costa leste americana, infringindo danos
incalculáveis a inexpugnável “Big Apple”.
Nem mesmo o finado e famigerado assassino de massas e
inocentes, Osama Bin Laden, poderia ter arquitetado um ataque frontal com
tamanha ousadia e intensidade ao nosso grande irmão do norte, que mesmo
precavido com antecedência pelo ótimo sistema de controle meteorológico, pagou
caro pela fúria da natureza.
Invejo a determinação, o brio e o patriotismo dos
americanos, que a cada tragédia, se reerguem mais fortes e altivos, turbinados
pelo imenso amor a pátria, prontos para novos desafios e embates.
Justamente o que nos falta.
Não vou mencionar os políticos, pois estamos cansados de
saber que essa é uma classe espúria, com raras exceções, olhando apenas para o
próprio umbigo, preocupados em encher os bolsos e as cuecas.
Falo do povo em geral, desde os mais esclarecidos até o
grande manancial de analfabetos e semi-alfabetizados, que compõem a maioria da
nossa população.
Uns se eximem de lutar por seus direitos e um futuro melhor
por preguiça, medo e acomodação, sabendo que são poucos, rendendo-se aos
percalços que encontrariam pelo caminho.
Outros, a maioria absoluta, deixam-se seduzir por falsas
promessas e benesses assistencialistas, bolsas esmolas que os tornam
dependentes e viciados nos favores governamentais.
O brasileiro é essencialmente um egoísta, preocupado com si
próprio, pouco importando se sua cidade, seu estado, seu pais seja mal
governado, desde que lhe sobre algumas rebarbas.
Com a abolição do ensino obrigatório de civismo nas escolas,
o sentimento de brasilidade e amor a pátria feneceu, pois como qualquer planta
ou criatura, precisa ser regada e alimentada, para crescer e enraizar nas
mentes e corações.
Antigamente, desde os primeiros dias de aula, aprendíamos a
cantar o hino nacional, da bandeira, as professoras se preocupavam em nos
tornar pequenos cidadãos, fazendo brotar as raízes do verdadeiro patriotismo.
Atualmente a palavra da moda é cidadania, utilizada nas
situações mais estapafúrdias, que realmente poderia ser exercida em sua
plenitude, se todos conhecessem o sentido real dessa palavra, embasada nos
conceitos nobres de civismo e patriotismo.
Costumo brincar com meus amigos, perguntando se mandariam
seus filhos para o campo de batalha, caso o Brasil se envolvesse em algum
conflito militar.
A resposta invariavelmente é sempre a mesma.
Trataria de enviá-los para a segurança de um vizinho neutro,
até que o conflito acabasse, pois os que estão por aqui, no poder, não merecem
esse sacrifício e desprendimento.
Posso afirmar que amo meu país, mas amo muito mais a minha
família, numa nítida involução cívica, motivada pelas razões que conhecemos.
Bem, se os USA tiveram a Sandy, nos já tivemos por aqui a
dupla Sandy/Júnior, invenção da Globo
que causou grandes danos aos nossos ouvidos e a musica popular.
Se os pais dessa dupla explosiva, eméritos uivadores
sertanejos, já eram dose mais que exagerada, os filhos moderninhos, eram o
contraste de péssima qualidade.
Ainda bem que passaram, um desastre passageiro que não
deixou lembranças nem saudades.
Nesse meio tempo, mesmo com um povinho que não é lá grande
coisa, o país vai seguindo, rumo ao....
José Roberto- 31/10/12