RIO DE
JANEIRO, CIDADE SITIADA
Meu sonho,
como o de muitos caipiras paulistas, era conhecer o Rio de Janeiro, e quem
sabe, participar daquele bailes memoráveis de Carnaval, com tanta mulher bonita
e com pouca roupa, uma tentação que eu via e cobiçava, nas ousadas fotos das
revistas Cruzeiro e Manchete.
Trabalhando
na CESP em São Paulo, tive a oportunidade de vir ao Rio inúmeras vezes,
participando de reuniões e assim fui aos poucos conhecendo a cidade, que era
realmente maravilhosa, tranquila, só faltando dar uma espiada nos cobiçados
bailes, que já não eram tão famosos como antigamente, sendo aos poucos superados
pelo Carnaval de Rua e desfiles das Escolas de Samba, mais organizados,
ganhando fama internacional.
Quis o destino
e algumas mudanças na CESP, que não me agradaram, aceitando o convite de um
amigo e ex-colega cespeano, que eu viesse para o Rio, em agosto de 1978, para
trabalhar e viver na cidade maravilhosa, feliz e preocupado, pois éramos apenas
nós quatro, eu, Regina, dois filhos pequenos, distante dos parentes; mas bem
recebidos pelos colegas da Eletrobrás, logo nos adaptamos, aproveitando do
clima e das belezas da cidade.
Até meados
do primeiro governo de Brizola, em 1986, o Rio era realmente um cidade boa para
se viver, com Canecão bombando, com bares na Zona Sul apresentando artistas de
sucesso, e o samba correndo solto nos tradicionais bares da Tijuca e Vila
Isabel, onde tive a oportunidade de assistir o MPB4 cantando a maravilhosa canção
“Amigo é Pra essas Coisas”, estando no local, um dos compositores desse belo
hino.
A situação
começou a piorar, quando o caudilho gaúcho tentou implantar uma desastrada
regularização fundiária nas favelas, criando dificuldades para a Polícia entrar
e manter a ordem nos morros.
Em seu
segundo governo iniciado em 1991, sucedendo o incompetente e desastrado Moreira
Franco, que em seus quatro anos, deixou o Rio praticamente estagnado, um
desastre, que infelizmente seria ainda mais agravado com a eleição de Brizola,
que decididamente, proibiu a Polícia de entrar nas favelas, entregando-as de
bandeja ao traficantes, que começam a se organizar e expandir seus domínios,
com diversos núcleos nos morros, que aos poucos, depois muitas brigas e mortes
por domínio territorial, se juntaram, dando origem ao famigerado Comando
Vermelho.
As milícias,
compostas por ex-policiais e ex-bombeiros, contando também com pessoal da
ativa, a parte podre da PM, veio depois, abocanhando os serviços de
distribuição de gás, internet e luz(gatos), e cobrando proteção aos pequenos
serviços instalados nas comunidades.
Apesar de
inicialmente conviverem com poucos atritos, a cobiça por domínio total da área
e dos lucros, instigou traficantes e milicianos, que nos dias atuais, se
defrontam em violentos combates, tentando manter a primazia em seus territórios,
causando a morte de milhares de inocentes, vítimas de balas perdidas, pois a
Polícia tentando intervir de forma pouco organizada, não consegue resultados
efetivos, chegando alguma vezes até a piorar o que já estava ruim, pois a
população temerosa da retaliação do bandidos, tende a culpar a polícia por
todos os atos desastrosas que ocorrem por ocasião desses enfrentamentos.
A situação
chegou a tal ponto, que a população do Rio está praticamente refém do
banditismo, evitando sair a noite, blindando carros e a entrada dos edifícios, pois
os assaltos, crimes e as ondas dos arrastões aumentaram em progressão geométrica,
com a polícia sendo superada pelos bandidos em inteligência e armamentos.
Quando o
Governo do Estado tenta fazer alguma coisa para evitar essa escalada de violência,
um Ministro do STF proíbe as incursões da Polícia, sem prévia comunicação ao Ministério
Público e outra autoridades, onde provavelmente infiltrados, antecipam aos
bandidos os locais das ações, minimizando a eficácia das ações policiais.
Ontem, para
surpresa da população e também dos bandidos, nosso abestalhado Governador,
finalmente autorizou uma incursão de peso, que embora atrapalhando a vida do
pessoal trabalhador que vive nessas comunidades, foi uma iniciativa de sucesso,
prendendo dezenas de marginais, matando 60(foi pouco), recuperando centenas de
fuzis e armas de alto calibre, tendo como efeito colateral, a lamentável morte
de 4 policiais.
Certamente,
os imbecis e calhordas metidos, que se intitulam defensores de direitos
humanos, mas só defendem interesses dos bandidos, estão chiando, reclamando da
violência policial. Que vão reclamar na casa do caralho!
Torcemos para
que seja a primeira de outras que virão, considerando que a cidade precisa de
uma limpeza geral, pois nossa polícia estava tão desacreditada, que bandidos
procurados de outros estados, procuravam refúgio e abrigo em nossa cidade.
Eu também
acho, que bandido bom, e bandido morto, porque vivos, não esquentam suas celas,
pois nossa generosa justiça dá um jeitinho de liberá-los rapidamente,
permitindo que voltem à ativa.
Vamos ver
como é que fica.
Fora Mula!
José
Roberto- 29/10/25
José bom dia !! infelizmente estamos em uma situação de vida sem futuro nenhum, muitas pessoas que conheço, estão mudando não de bairro, nem de cidade, mas de PAÍS, e sem parentes ou amigos nestas mudanças, na realidade estão fugindo, pois estamos sem futuro nenhum no nosso PAÍS, o CV esta protegido pela própria policia em todos os estados!!!
ResponderExcluirse no Rio de Janeiro esta assim imagina no Amazonas , no Para, no nordeste!!!!!!!!
se estamos nesta situação, acredito que alguem deixou de receber deles(CV)!!!!!!!
o que acha?????????
ResponderExcluirEsperar o quê de um país sem justiça? E uma justiça extremamente cara para os contribuintes. Haja imposto para sustentar a inexistente justiça brasileira. Por isso, quem pode, está fugindo deste país. E com os desgovernos que temos o que nos espera é um futuro sombrio.
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