O COMEÇO DA RESSACA
Nesses vinte e tantos anos que mantenho meu blog,
acredito que seja a primeira vez que escrevo num segunda-feira de carnaval.
Fiquei de plantão aqui no Rio por motivos já mencionados,
vigiando a quadra de tênis vazia, pois todos meus parceiros e rivais “traiçoeiros”
bateram asas, procurando eventualmente locais mais sossegados, na serra ou no
litoral. Alguns, que tem dinheiro sobrando, aproveitaram para dar uma
esticadinha à Europa. Sabem como é, quem pode, pode, quem não pode curte uma
invejinha, sem maldade.
Tenho aproveitado o tempo disponível, lendo e tentando
melhorar meu dotes culinários, caprichando nos menus diários, receitas que
consigo na internet ou encaminhadas por Dona Regina, crítica rigorosa, pois
quando acho que acertei a mão, conto papo antecipadamente, na hora agá, com
todas à mesa, a expressão da “presidente” da comissão julgadora não é das
melhores. Quando muito, consigo uma nota seis ou sete, de favor,
Injustiças a parte, tenho também me dedicado a tomar umas
e outras, dando preferência ao tradicional scotch, pois também apreciamos uma “batida”
de frutas, especialmente a de caju. Comprei
três cajus no supermercado Zona Sul, por R$ 25,90, um roubo, quase o preço de
um kg de coxão duro, pois picanha, nem pensar, comprovando que os bens de
consumo de “primeiríssima necessidade” estão custando os olhos da cara, graças ao
desgoverno do Manguaceiro e ao imbecil Taxxad.
Já que sem querer, talvez por cacoete, fiz referência ao desprezível
nove dedos, para desgosto de todos, pois no carnaval deveríamos esquecer essas
personagens malignas e corruptas, procurando diversões e alegrias, desopilando
o fígado e reforçando a paciência e o saco, para enfrentar e aguentar a merda
de situação que vivemos.
O nosso consolo, é que ao contrário da brasileirada que
se esbalda, deixando a tristeza de lado, Mula, o maior ladrão de nossa
história, coça os cornos ao lado da deslumbrada Esbanja, também curtindo um
retiro forçado no Palácio do Torto, temendo dar as caras em qualquer lugar
público, onde certamente seria estrepitosamente vaiado.
Reunido com Sidônio Palmeira, responsável por manter sua
imagem, mais suja que pau de galinheiro, azarado que entrou numa fria, sabendo
que sua tarefa é inglória, tenta fazer com que o Bebum evite improvisos,
pautando-se em ler textos preparados por seus escribas, sem sucesso, pois
quando se reúne com as pequenas plateias selecionadas que o aplaudem, julga-se
o maioral e turbinado por excessivas doses da 51, desanda a dizer asneiras,
esquecendo que sempre tem alguém filmando e gravando seus disparates.
O povão já está cansado das promessas mentirosas do Pau D’água,
até mesmo os milhões que recebem o bolsa esmola, pois o preços nas “vendas e
mercadinhos” locais, aumentados semanalmente, são a prova de que a inflação
voltou e a carestia bate em suas portas.
Peço desculpas por ter desandado, tocando num assunto que
ao menos nesse período, deveria ser relegado a um esquecimento forçado.
Espero voltar embalado na quarta-feira de cinzas.
Abraços e aproveitem.
José Roberto- 03/03/25
Realmente você deveria se ater aos alegres dias do reinado de Momo e jamais falar em política !🤮🤮🥲
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