(LETÍCIA E BAHUAN)
NOSSO
QUERIDO BAHUAN
Não sei a
idade exata de Bahuan, majestoso buldogue francês de minha filha, escolhido no
capricho de uma ninhada recém nascida. Era o maior e o mais esperto.
Tornou-se um
belo exemplar da raça, forte, ágil, brincalhão, tinha uma preferência por mim,
obviamente dentre os não residentes na Sadock de Sá.
Eu lhe dava
muita atenção e ele correspondia na mesma medida. Era um pidão inveterado,
sabendo a quem recorrer, pois jamais lhe negava uma amostra do que estava
comendo, deixando “cair” disfarçadamente, sem querer, um pedacinho daquilo que
saboreava.
Tinha
verdadeira paixão e costumava atazanar o Vick, meu fiel escudeiro, um pug bem
menor, que sofria um bocado com seu “assédio”, embora fossem bons companheiros.
Bahuan apenas exorbitava na demonstração de seu afeto.
Cachorro
inteligente, jamais mordeu, arranhou ou mesmo derrubou Letícia e Otávio, que
pequeninos puxam seu cotoco de rabo, as orelhas, deitavam sobre ele, que
pacientemente tolerava com calma essas brincadeiras, algumas vezes não muito
delicadas.
Foi um inestimável
companheiro da família Ferraz Seligmann, xodó de minha querida caçula Maria Fernanda,
que com imensa tristeza acompanharam nos últimos meses sua decadência física,
amenizada sem medir recursos, porem insuficientes para impedir sua triste
partida.
Tenho
certeza absoluta, que está no céu dos cachorros, correndo atrás do Vick, que
lhe apresentou os velhos Kimo e Patrik, que também o aguardavam em sua
triunfante chegada ao paraíso, agora encarregados de vigiar, ao lado de São
Pedro, o portão celestial.
Transcrevo
abaixo, o tocante texto escrito por minha filha, Maria Fernanda, despedindo-se
de seu amado cão;
“Bahuan,
Eu que te escolhi.
Era o maior da ninhada.
Chegou em casa assim:
Sapeca e carinhoso.
Um cachorro viciado nas
Pessoas dele.
Gostava de dormir encostado
Nas minhas pernas.
Coisa que fez a vida toda.
Que delícia dormir com ele,
Seu cheirinho de manhã...
Um dog maravilhoso com as
Crianças.
Latidor inveterado e fissurado
Em bolas.
Famoso nas redondezas da
Sadock.
Quando novo era forte,
Parrudo, tinha gente que pensava
Que era pitbull.
Amou mais que tudo o Vick,
Pug dos meus pais.
Adorava passear de carro
Coma as bochechas ao vento
E andar solto no mato, virava
Um selvagem,
Mas fazia questão de nos
Pastorear.
Receber massagens era seu
Fraco.
Foi meu grande companheiro
De Yoga.
Bahú, Bugguy, escrevo agora
Com o peito apertado na sua
Despedida.
Te amo meu filhote amado!
Obrigado por tudo!
Tenho memorias lindas de
Você e sentirei muito sua falta!
Aproveite o céu dos
Cachorrinhos e de umas
Lambidas no Vick, Kimo e
Patrick, por mim
Para sempre Bahuan.”
FÊ.
José roberto -17/0823
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