CONFISSÕES
DE UM VELHO PAI
Conforme
praxe, não deixo passar em branco datas especiais, como Natal, Pascoa, Dia das
Mães e obviamente dia dos Pais, além de outras que não preciso mencionar, sendo
principais, as citadas.
Sobre
Tonico, meu pai, homem maravilhoso que tem um lugar especial no céu, de onde
vela por mim e por nossa família, já escrevi diversos textos, um deles, escrito
há muitos anos, que quando a saudade bate, releio e sempre
me comove, pois na ocasião em que o postei, devia estar em “estado de graça”.
Hoje, no
caso, o velho pai sou eu e tentarei dar uma rápida pincelada nesses longos anos
em que desfrutei do prazer, amor e preocupação, junto de minha prole, sempre ao lado da amada companheira Rê, o muro de
arrimo de nossa família.
Muito
difícil tratar desse tema sem ser piegas, repetitivo, utilizar chavões, cair em
lugares comuns, porem, ao “printar essas mal traçadas linha”, tento ser sincero
e honesto, desnudando “um pouco”, do pai que fui e que sou, considerando a
relatividade dos fatos narrados, vistos e vivido apenas sob meu ângulo.
Começo
minhas confissões pelo casamento com a bela caiçara de Itanhaém, que passou a
perna em outras concorrentes (sem falsa modéstia), instalando-se como posseira
em meu coração.
Rê quis
filhos logo no começo, ficando ansiosa a as vezes até mesmo triste quando as expectativas
não se confirmavam. Eu não me preocupava nem tinha pressa, pois sabia que os
filhotes viriam na hora certa.
Maria
Silvia, nossa Rosa Azul, foi a primeira a dar os ares, trazendo imensas
alegrias e também preocupações aos pais de primeira viagem. Desde pequenina,
com determinação e força e vontade, vingou e floresceu em nosso jardim,
transformando-se nessa flor rara e especial, que alegra nossos dias.
Júnior, nosso
“bezerrinho” chegou sem alarde, dois anos após a primogênita, grandão, faminto
e chorão, com uma saúde invejável, num aceno divino de bonança, afastando
nossos medos, reforçando nossos ânimos , com a certeza absoluta que Deus sabe o
que faz.
Quando
acreditava que a família estava completa, eis que surge numa grata surpresa,
Maria Fernanda, mesmo depois do ginecologista de Regina garantir que ela não
mais engravidaria.
Fefê veio na
maciota, sem apresentar quaisquer sintomas no ventre materno, até que uma das mães
da escola que Maria Silvia frequentava, olhou para Regina e perguntou se estava
grávida. Surpresa, sem saber, mas em dúvida, fez o teste acertando em cheio.
Com seis
anos de diferença, trouxe ainda mais trabalho e alegrias, pois as crianças já não
exigiam tanto do nosso tempo, e com a novata, iniciamos novamente nossa rotina
de fraldas e mamadeiras.
Acompanhei
de perto, bem de perto o crescimento de todos os filhos, me especializando em
contar histórias, imitando vozes das personagens, distraindo e brincando com
todos.
Tenho
certeza que fui um bom pai, presente e participativo, sendo inclusive o
responsável pelas mamadeiras da madrugada, principalmente para Junior, que até
grandinho, sempre com fome, não dispensava essa derradeira mamada.
O tempo voa.
As crianças se tornaram adultas, cursos concluídos e canudos nas mãos.
Maria Silvia
e Júnior ainda ligados ao cordão umbilical, moram conosco e acompanham de perto
a leve mudança no humor do velho pai, mais ranzinza e menos paciente.
Que se passa
velhote? Preciso lembrar do meu pai e voltar as velhas raízes.
Fernanda
bateu asas, formando um belo casal com Bruno, nos brindando com dois maravilhoso
netos, Letícia(10 anos) e Otávio(4 a completar brevemente), que enchem nossos
corações e nossa casa de alegria. Nos derretem com suas demonstrações de
carinho e afeto, que retribuímos em dobro.
A vida é uma
viagem e já passei do meio do caminho, muito bem acompanhado.
Uma lembrança
que me vem a memória, são o momentos agradáveis que passamos em nossa outra
casa de Itanhaém, um sobrado construído sob a supervisão do velho Rosas, meu
querido sogro, quando a noite, no mezanino, num clima de muito amor e camaradagem,
todos juntos assistíamos algum filme ou programa na TV, como sempre imaginei,
copiando imagens de filmes americanos que assisti na infância.
Ser pai, por
tudo que passamos e ainda vamos passar, é sem dúvida uma delícia, uma benção de
Deus.,
Um forte
abraço a todos os pais, principalmente a meus amigos pais.
José Roberto-11/08/23
Parabens jose Roberto! Aluce
ResponderExcluirQuerido amigo Gimael, parabéns! Como sempre, me delicio com suas palavras. Obrigado e um forte abraço para você e seus queridos familiares!
ResponderExcluirParabéns abraço feliz dia dos pais
ResponderExcluirComo não lembrar também do meu pai, lendo este seu emocionante texto. Pois, tal como escreveu, nossos pais nos apoiaram, ajudaram a crescer, com honestidade, e foram nossos grandes amigos. Parabéns a você e todos os pais leitores deste blog.
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