CHEGOU LUNA,
NOSSA NOVA COMPANHEIRA
Ontem já
tinha escrito boa parte do texto, comentando sobre o mau gosto da primeira-dama,
que na subida da rampa ao lado do maior ladrão de nossa história, parecia
o Elvis ressuscitado, pois ainda tem gente que acredita que ele não morreu e no
caso, Janja, a trambiqueira, quase deu uma esperança aos pobres crentes; quando
meu filho Júnior apareceu, pedindo que o acompanhasse para apanhar Luna, uma
mistura de paulistinha de 7 meses, que estava sendo doada.
Em março próximo,
completa três anos que Vick, meu fiel escudeiro nos deixou, para ocupar seu
lugar no céu dos cachorros, causando uma grande comoção, parte da qual
transferi para o texto que escrevi a duras penas, com a alma sofrida, na triste
ocasião.
Depois do
triste evento, resolvemos não ter mais cães em nossa casa, pois a falta que sentimos
com a partida de Vick foi imensa, nossa segunda e sofrida experiência, pois
anos atrás, já havíamos perdido Kimo, nosso primeiro e também muito querido cão
(sobre o qual, também escrevi um longo texto).
Levamos mais
de ano para as lembranças de Vick se amortizarem, pois sempre que olhávamos
para aquele “cantinho” ao nosso lado, sentíamos sua presença.
Custou, mas conseguimos
aos poucos acalmar a saudade, deixando lugar apenas para a agradáveis lembranças.
Julgava que quem
gostava realmente do Vick, eram eu e Regina. Nosso filho era a opção que
restava ao cãozinho, quando viajávamos. Ficava uns dois dias amuado em nosso closet,
para depois migrar para o quarto do Júnior.
Todavia,
Júnior sentiu muito a morte do nosso(meu) fiel escudeiro, tanto que acompanhava
pela mídia alguns criadores e donos de Pugs, realmente uma raça encantadora,
mas muito frágil, suscetível a alergias e uma série quase ininterrupta de
cuidados veterinários.
Notamos que
a ansiedade de nosso filho aumentou desde meados do ano passado, todavia
deixamos claro, que eventualmente, somente teríamos um novo cãozinho, desde que
meio vira lata e recebido por doação.
Depois de
muita pesquisa, de algumas recusas por raças que tendem a crescer, não sendo
indicadas para viver em apartamento, eis que ontem, finalmente Júnior não
resistiu ao apelo de uma foto de Luna, uma fêmea Paulistinha(?)de 7 meses, cuja
dona, apesar de gostar muito dela, tinha dificuldades financeiras para
mantê-la.
Portanto,
atendendo ao chamamento do filhão, interrompi o texto e partimos em busca de
nossa prenda, num bairro humilde e bem distante, a quase duas horas de nossa residência.
Fomos
recebidos por uma moça de uns trinta e tantos anos, muito educada, com uma boa
conversa e um ótimo vocabulário denotando boa cultura. Após alguns minutos de
bate papo chamou sua filha Yasmin, uma menina desinibida de uns 10 anos, de óculos,
muito simpática e também conversadeira, que nos apresentou a assustada Luana,
que deveria estar pressentindo uma possível separação de seus donos.
Após a
conversa normal sobre vacinas e alguns hábitos da cachorrinha, me afastei indo
para o carro, deixando as despedidas finais por conta de meu filho.
Júnior
chegou alguns minutos depois, amofinado, meio sem jeito, com ar melancólico, dado
a tristeza e o choro sentido de Yasmin ao se despedir da estimada cachorrinha.
Disse que foi de cortar o coração.
Ainda bem
que não presenciei essa triste despedida, pois como já disse algumas vezes, eu
que sempre fui emotivo, com a idade fiquei ainda muito mais mole. Ficaria bem
constrangido por separar Luana de sua primeira jovenzinha dona.
A volta foi
amenizada, com a cachorrinha assustada mudando de colo para colo, tremula,
sendo confortada com nossos afagos.
Só comeu e
bebeu água a noite, após um longo jejum e sentir-se um pouco mais confortável
em nossa companhia.
A família toda
ficou muito feliz com a chegada dessa nova companheira, inclusive Fernanda, que
pelo Whats app acompanhou nossa jornada, compactuando com nossa alegria.
Dormiu no
quarto de Júnior, aconchegada com um de seus novos parceiros, por minha
generosa concessão.
Iniciamos a
fase de adaptação e sinto que serei o escolhido, exatamente como aconteceu com
o velho e saudoso Vick.
Tanto Vick
quanto Kimo, adoravam dormir entre minhas pernas após o almoço, enquanto degustava
um charuto, sempre tirando um cochilo em boa companhia.
Nossa casa
ficou mais alegre.
Finalmente
uma boa notícia neste início de ano novo.
José
Roberto- 04/01/23
Parabéns pela chegada da nova companheira, sempre tive a sorte de ter um companheiro de 4 patas em casa, aprendi com o tempo que eles têm um prazo de vida curto, aproximadamente 14 anos, nós também temos o nosso prazo, é inevitável, é o ciclo da vida e só nos resta aceitar, não é por isso que vamos nos privar de ter uma nova companhia para preencher este vazio. Forte Abraço, Paulo.
ResponderExcluir