AJUSTANDO A
ROTA AOS NOVOS TEMPOS
Como não sou
besta, sou apenas um pouco metido a besta, porem percebendo que o “mar não está
para peixes” e levando a sério conselhos de parentes e amigos chegados, passarei
a pegar leve em meus comentários, tendo em vista que qualquer posicionamento simbólico
ou palavra mais áspera, podem ser consideradas atos antidemocráticos,
resultando em “cana” e processos sem condições de apelação.
Minha única
e forte justificativa, é que com 77 nas costas, estou meio senil, gagá e com outras
doenças típicas da idade avançada, falando e escrevendo coisas das quais não me
recordo, pois a memoria e falha, repleta de lapsos e espaços vazios.
Como o “eminente”
ministro da Justiça, o obeso e atabalhoado Flávio Dino, afirmou que Mula não
pode ser chamado de ladrão, pois(segundo ele) foi descondenado e inocentado,
quando na realidade sabemos que não é bem esse o caso, doravante, não
encerrarei meus textos com a frase usual que grafei por muito tempo, que por
sinal já não lembro e nem sei qual é, fruto de mais um lapso de minha fraca memória.
O fato é que
estarei ajustando minha rota aos tempos atuais, conturbados e cheios de pedras
no caminho e para evitar eventuais tropeções, serei mais cuidadoso, olhando para
o chão, evitando quedas, senão terei dificuldades em levantar, sacudir a poeira
e seguir adiante.
Depois de
assistir o barbarismo com que foram tratados mais de 2.000 brasileiros, que
teoricamente foram a Brasília exercitar seus direitos de cidadania, previstos “teoricamente”
em nossa Constituição, não me resta alternativa senão “botar as barbas brancas
de molho”, e tratar todas as autoridades com o máximo respeito, principalmente
as de nossa mais alta corte, pois nossos Ministros uma vez empossados, são
ungidos com a infalibilidade do cargo, emanando apenas decisões salomônicas,
corretas e inquestionáveis.
Portanto, de
ora em diante nadarei a favor da corrente, pois nadar em sentido contrário
cansa e como vemos, não leva a nada.
José Roberto-17/01/23
Compreendo o seu posicionamento e os argumentos para tal atitude. Acho que está correto, e que o momento é um dos piores que o Brasil já passou e está passando. Não é hora de "dar muros em ponta de faca". Com certeza teremos ótimas crônicas do seu cotidiano na Cidade Maravilhosa.
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