NOVOS MEMBROS
NA TURMA DO TÊNIS
Atendendo críticas
da oposição, pois além de Dona Regina, minha cunhada Cecília, a maior educadora
da história de Itanhaém, cismou também de me criticar, dizendo que não aguenta
mais ler meus textos “falando” sobre política, ameaçando me excluir de sua
lista de correspondentes se não mudar de assunto.
Como faz
tempo que não comento sobre nossa turma do tênis, para apaziguar ânimos, farei
uma atualização, pois ocorreram algumas mudanças.
Continuamos
firmes, eu, Juarez, Marcelinho, Miguelito, Paulo, Carlos, Peter, Paulinho, David
e José Carlos. Duas novas inclusões, Pedro e Ricardo.
Eu, apesar
de alguns probleminhas no pé direito e com uns tremeliques na pressão, continuo
em boa forma, dando trabalho aos adversários, apesar da turma ficar sempre
preocupada com qualquer espirro, flato, fungada, ou arrancada que dou na
quadra. Pedem tempo, fingem arrumar o cadarço do tênis, dando um intervalo para
o velho tomar folego, mesmo quando não preciso. Estou vendendo saúde(hummmm?).
Juarez
parece que tomou gosto por cirurgias. Depois de uma complicada reforma no
coração, de um retorno demorado, cismou de operar da apendicite, coisa mais
démodé. Voltou rápido as quadras e para compensar qualquer falha técnica, anda
mais cheiroso e arrumadinho, impressionando a torcida com sua elegância.
Marcelinho é
foda. Alem de ser um dos mais fominhas, rápido como um corisco, quer ser o
melhor de qualquer jeito, tendo aulas secretas diárias, durante a madrugada,
atrapalhando o sono de um morador pentelho(Jaime) que tem reclamado
rotineiramente. Como as quadras só podem ser utilizadas após das 07,00 h, como
síndico, para conter seus ímpetos, terei que lhe aplicar uma multa, pois está
contrariando as normas que ele próprio ajudou a formular.
Miguelito é
outro que não para mais no prédio. Com a filha estudando na Holanda, viaja
todos os meses para Amsterdã, esquecendo os amigos, pois nesse vai e vem
raramente aparece. O portuguesinho danado deve estar cobrando os olhos da cara(com
duplo sentido, pois é oftalmologista) por consulta, pois trabalha pouco e viaja
muito. Apesar de eu já ter encomendado, ainda não trouxe nenhum dos queijos
locais que tanto aprecio. Não confia no meu reembolso.
Paulo, nosso
“Tiradentes”, que na quadra perturba os adversários, especialmente Jujú e
Marcelinho, pois fala o tempo todo. Cortou a juba de viking e perdeu um pouco
da “fraca força”, pois continua arrancando com o freio de mão puxado. Reconheço
que melhorou um pouco, se destacando entre os perebas da turma. Se falasse
menos, talvez seu rendimento melhorasse ainda mais, durante os jogos.
Carlos K, o
maior mão de vaca da turma. Aparece sempre fazendo seu costumeiro esporro, porem
quase nunca entrando em quadra, pois nem raquete têm, precisando sempre
emprestar de alguém. Prefere levantar ferros na nossa ótima academia. Ao invés
de ser um atleta com um corpo ágil, quer ser um fortão, o Rambo da turma, com músculos
saltando da camisa. Já o alertei dos perigos de forçar a barra com os ferros,
pois crescem os músculos e encolhem partes muito mais importantes.
Peter é
outro que somente aparece para dar um alô, sempre com o conjunto colorido e apertado
de ciclista, cansado e com o fiofó assado, pois roda mais de 100 km por dia em
sua bike, que custa o preço de um carro de luxo. Joga raramente e apesar de
levar jeito, em quadra é uma mala sem alça. Pobre de quem têm que carregá-lo.
Paulinho,
nosso velho professor de tênis, pouco jogou durante a crise da Covid, bem como
atualmente, por problemas físicos, tendo operado recentemente a mão direita, stress
ou coisa semelhante, afastado temporariamente para completa recuperação.
David, mudou para um apartamento muito melhor, mas continua firme na turma. Já apareceu para bater um bola, garantindo que continuará assíduo como sempre. Para minha surpresa, depois de umas férias, voltou bem melhor, talvez com mais vontade. Não acredito muito que continue assim, pois também é um mala sem alça. Esforçado, mais com efetividade duvidosa, deixando sempre o parceira apreensivo. Tem que conter o ímpeto, ser mais calmo e não tirar o olho da bola.
José Carlos,
outro que sumiu. Não aparece nem para um papo ou participar da cervejada após
os jogos. Não sabemos que que aconteceu, pois anda nos evitando. Será que alguém
pisou no seu calo? Espero não ter sido eu. Alerto que o cara é fortão e treina
box quase todos os dias.
Alessandro,
nosso craque maior, conforme já noticiado, se bandeou para Orlando(USA), atraído
por um contrato nababesco, onde comandará uma famosa academia de tênis. Tem
mantido contado pelo WhatsApp, e temos certeza que aguarda ansiosamente nossa
visita. Ainda este ano pretendo passar uma semana em sua confortável residência.
O resto da turma vai depois, conforme escala já definida.
Pedro,
chegou de mansinho, não é de falar muito, mas também joga muito. Apareceu algumas
vezes para mostrar sua categoria, mas sinto que prefere jogar com um amigo, de nível
melhor que o nosso. Tem um grave defeito, não bebe nada. Vou conceder-lhe mais
alguns meses para adaptação as nossas regras, pois se não tomar gosto pela
manguaça, provavelmente será jubilado. Cara que não bebe é suspeito. Nunca é
tarde para começar um novo vício.
Ricardo é o
mais novo integrante da turma. Um pouco fortinho e fora de forma, mas tem
bastante potencial para chegar ao nosso nível(que não é lá, grande coisa). Boa
praça. Estranhamente, no dia do meu retorno as quadras, durante o consumo de
cervas após disputadas partidas, comentamos, que era hábito no grupo, que
sempre o recém-chegado patrocinasse uma churrascada; Ricardo demonstrando
alegria afirmou que adora churrascos, além de ser um ótimo piloto da
churrasqueira. Se comprometeu a patrocinar um evento. A conversa aconteceu num sábado.
No domingo, embora prometido, não apareceu na quadra. Nessas últimas três semanas
também não deu notícias. Sumiu. Espero que ao ler esse texto, fique tranquilo,
pois racharemos as despesas, como de costume. Pode aparecer tranquilo para
compor nossas duplas. Será que é da mesma linha do Carlos K? Pão duro basta um.
Dei uma
geral dos últimos acontecimentos, sobre os quais dou fé, afirmando ser a legitima
e única versão dos fatos, com firma reconhecida.
Hoje, em deferência
a turma, sem a frase final.
José
Roberto- 01/08/22
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