QUARENTENA- DIA 11

QUARENTENA- DIA 11

Matei um pouquinho da saudade de meus netos, pois falei com eles e o vi pelo telefone(milagre da tecnologia).

Otavinho, com 6 meses e meio, reconhece o avô, talvez pela voz e sorri diversas vezes. Lelê,  minha querida banguelinha de 6 anos, esperta como sempre, mostra o quarto, desenhos e pula corda direitinho, mostrando que já está quase dominando a arte.

Migalhas inestimáveis em tempos de quarentena.

A tarde, grandes disputas. Eu e Miguelito Bichado, contra Juju Arrumadinho Cheiroso e Marcelinho Formiga Atômica que corre pra caralho, deve ter um foquete no fiofó. Obviamente tomamos largado na tarraqueta, apesar dos esforços do meu parceiro Mula-Manca, que alem de problemas na virilha e tornozelo(acho que é fingimento), precisa consultar um oftalmologista com urgência.

Nos telejornais, todos contra Bolsonaro.

O Presidente disse verdades, que o pessoal do contra sabe que ele está certo, mas torce para o quanto pior melhor.

Como não se fala mais em corrupção, roubalheiras, obras superfaturadas e as verbas fáceis da publicidade e “palestras” minguaram, a mídia enfurecida torce para tudo dar errado e que os canalhas de ontem retomem o poder(para nos phoder).

Até alguns economistas que considerava sérios estão virando a casaca, alegando que as medidas emergências anunciadas pelo governo são modestas, alguns chegam a afirmar que são pífias.

Sugerem o aumento brutal dos gastos, mandando a “responsabilidade fiscal” pro caralho, triplicando gastos sem previsões de cobertura, aumentando insensatamente o já imenso déficit fiscal.

População confinada, comércio, serviços e indústrias em ponto morto, país praticamente paralisado, cidades e estados isolados por atos intempestivos de prefeitos e governadores fanfarrões, que fingem preocupar com o povo pois sabem, que mesmo no pior dos cenários, estão garantidos, com a despensa de suas residências oficiais bem fornidas.

Somos o país dos contrastes, das aberrações, pois nossa porcaria de justiça ordenou a soltura de milhares de presos, temendo que contraiam o coronavirus, devido ao excesso de lotação das prisões.

Que se fodam!

Não tenho pena dos encarcerados, pois se estão em cana não é por terem ido duas vezes a missa. Que curtam e aguentem o que procuraram.

Absurdo. Criminosos soltos e a população enclausurada.

O Brasil não pode se curvar a ameaça desse vírus, pois se continuar assim, teremos um amargo amanhã.

José Roberto- 26/03/20