QUARENTENA- DIA 10
A falta de contato com os netos está doendo. O resto dá até
para aguentar, mas a ausência dos pequenos é o maior risco para a saúde dos
avós. Banzo insuportável.
Com relação a exercícios achamos uma boa solução, pois temos
jogado tênis quase todas as tardes, mantendo sempre uma boa distância, sem
cumprimentos efusivos, pois alguns da turma levam o problema do vírus muito a
sério, até com certos exageros.
Os casos de neuroses mais extremas são de Juarez,
engomadinho, cheiroso, nojentinho, limpinho, que só joga de uniforme branco
completo cheirando a naftalina, se recusando ao tradicional papo e degustação
de cervas após os duros embates. Termina o jogo, dá adeus de longe e corre para
se desinfetar.
Outro, é o Peter Claudião, cara aparentemente saudável,
embora deva ter o fiofó constantemente assado, pois adora pedalar em sua
bicicleta com micro selin. Gosto não se discute. Também se caga de medo do vírus, recusando tomar cerveja nos copos de Miguelito, muito bem
lavados, tendo inclusive receio de tocar nas latinhas, pois nesse caso sabe que
não as lavei, tendo todos os germes trazidos do supermercado. Nem senta, apesar
de mantermos mais de 1 metro de distancia entre nós. O mocinho fica papeando de
longe. Claudião é extremamente precavido.
O restante, eu, Miguelito Bichado Mula Manca e Marcelinho
Mosquito Elétrico, encaramos a situação
sem exageros, tomando os cuidados necessários sem maiores frescuras. Eu sou o
mais esculhambado.
Carlos Kgão também é bastante cismado, aparecendo pouco com
a desculpa de trabalho ou de ter que cuidar do filhote. Faz por merecer o
codinome.
E assim vamos levando, amenizando as agruras da quarentena.
Voltando aos fatos, gostei do pronunciamento de ontem a
noite do Presidente.
Embora contrariando a opinião da maioria, considero abusivas
as medidas adotadas por governadores e prefeitos, isolando cidades, impedindo
pessoas de trabalhar, intervindo no direito de ir e vir já tão complicado
devido a insegurança imposta pelo crime organizado.
O país não pode continuar parado. O custo será imenso.
Desemprego, mais trabalho informal, mais impostos, mais mendigos nas ruas, mais
crimes e assaltos.
Mesmo estando na faixa de risco, sou a favor de que
continuemos levando a vida normal, obviamente com mais cuidados e com muito
mais higiene, pois com quarentena ou não, estima-se que 60% da população do
país será contaminada pelo coronavírus.
Ora, se o numero de mortes previstas não é superior a das
gripes e epidemias anteriores, que mataram muita gente sem que se fizesse tal
alarde, sou de opinião que deveríamos correr o risco, pois em situação de “guerra”
como estamos, mortes são inevitáveis, efeito colateral que o país poderá suportar.
Não sou insensível. Sei que haverá tristeza e ranger de
dentes. Que muitos que se forem farão falta, mas...
Prefiro correr riscos de forma consciente, que continuar
nesse marasmo letárgico, prenunciando um futuro de problemas imensos de difícil
solução; exigindo ainda mais sacrifícios do povo, que desesperado terá que suar
ainda mais para sustentar a classe de privilegiados; políticos, e altos funcionários
públicos(juízes, promotores, ministros, etc), que continuarão recebendo seus gordos proventos em dia, alem
de não dispensarem as mordomias e penduricalhos.
Nessa, estou integralmente com Bolsonaro e não abro.
José Roberto- 25/03/20
Brasília, então, está uma maravilha! O funcionalismo publico está adorando e também os políticos. Deserto total em Brasília. Foda-se o Brasil! Só tem o Bolsonaro e seus ministros, levando chutes de todos os lados, pois fala o que quer e o que surge na sua cabeça, doa a quem doer e a verdade dói! Parar a economia em todo o Brasil é um descalabro. Não somos a Itália, nem a Espanha, bem como não somos a Inglaterra. Sem esquecer que não somos a maior potência do mundo, os EUA.
ResponderExcluirO Babaca do Dória parou São Paulo, quando deveria mesmo é parar os velhinhos e os doentes crônicos. Os escritórios dos Bancos estão trabalhando a todo vapor, pois não podem deixar de cobrar as dívidas dos correntistas e dos empresários. Que maravilha! E tem Estado do Brasil que o Corona vírus só estás passeando e quase não encontra ninguém para infectar. Que maravilha!
E não dá para esquecer o relatório do Banco Mundial de 2017:
No final do ano de 2017 o Banco Mundial divulgou um detalhado relatório sobre o setor público brasileiro. Eis alguns detalhes:
Dos 53 países pesquisados, o Brasil, tem a maior diferença entre o salário de um funcionário público federal e de um da iniciativa privada
Os servidores públicos federais ganham no Brasil 67% a mais do que um empregado no setor privado em função semelhante, com a mesma formação e experiência profissional.
No resto do mundo, o setor público paga em média "apenas" 16% a mais que o setor privado.
O quadro do funcionalismo público brasileiro pode ser considerado "enxuto" em relação ao resto do mundo. Ao passo que, no Brasil, 5,6% da população empregada está no setor público, nos países da OCDE este percentual é de quase 10%.
O alto gasto com funcionalismo público no Brasil não decorre exatamente de um excessivo número de funcionários público, mas sim do elevado custo (altos salários) deles.
Os servidores públicos são comparativamente ricos no Brasil: 54% encontram-se no grupo dos 20% mais ricos, e 77% estão entre os 40% mais ricos.
https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,servidor-publico-ganha-67-a-mais-que-o-privado-no-brasil-diz-banco-mundial,70002091605
Ótimo comentário Vandeco. Abçs
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