FALIDOS X FALECIDOS
Até que ponto são válidas as medidas de contenção e
restrição de ajuntamentos, que estão sendo impostas pelos governos estaduais?
Devemos considerar que o brasileiro é avesso a esse tipo de
cerceamento, muito diferente de chineses, japoneses e europeus, que mais
educados colaboram com as autoridades, alem de temer possíveis e duras represálias.
Qual a melhor tática?
A que adotamos, fazendo com que o vírus circule mais
lentamente, dando condições para que nosso precário sistema de saúde tenha
condições de atender os casos mais graves e urgentes, ou
Fazer como a Inglaterra, que está deixando o barco correr,
sem adotar qualquer medida restritiva, deixando que a população continue com
sua vida normal?
As previsões quanto ao número de brasileiros que serão
infectados pelo vírus até o final da crise, oscila a gosto dos matemáticos e
estatísticos, que com suas formulas mirabolantes não chegam a um denominador
comum.
O xis da questão é que o país está em ponto morto, com a
indústria, comércio e serviços paralisados ou em marcha lentíssima, gerando
imensos prejuízos num momento em que ensaiávamos retomar o crescimento.
Esse engessamento temporário aplicado principalmente nas
pequenas indústrias e no comércio, terá efeitos devastadores, com falências,
concordatas e desespero.
Tenho acompanhado pela Internet declarações de pequenos
comerciantes apavorados com o cenário que se descortina, pois compromissos,
boletos e salários tem que ser pagos, independente da receita ou faturamento
desses estabelecimentos.
Pelo que vimos nas praias lotadas, nas manifestações
populares, o povo não dá “muita bola” para as restrições impostas, se bem que
será impossível evitar contaminações no Metrô, nos trens suburbanos, nos ônibus,
a não ser que toda atividade econômica do país cesse totalmente.
Mesmo com a mídia nos massacrando com informações sobre a
Pandemia, incutindo uma boa dose de medo na população, manter o brasileiro “enjaulado”
é praticamente impossível.
Considerando que estudos sérios
estimam que apenas, 20% dos casos dentre os que adquiram o vírus terão
problemas mais sérios, exigindo internação ou cuidados especiais, enquadrando-se
nesse grupo, velhos e jovens ou adultos portadores de doenças ou problemas
pré-existentes; e considerando ainda, que as estimativas de óbitos no Brasil é
de 0,8%, comprovando a baixa letalidade do vírus, não seria o caso de rever o
rigor das medidas de contenção adotadas?
O prejuízo para a nação será
imenso, retardando ainda mais nossa saída do atoleiro e com certeza, haverá muito
mais falências, com suas trágicas consequências econômicas e sociais, que
falecimentos.
Estamos entre a cruz e a espada; e
a torcida para o quanto pior melhor, é grande, pois para políticos de direita,
esquerda, centro, lateral, escanteio e a puta que pariu, tanto faz, pois se garantem com seus altos
salários e mordomias,
Quem se fode mesmo é o povo(de
doença ou de falta de grana).
José Roberto- 16/03/20
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