DESTRINCHANDO O SISTEMA S
Antes da posse, Paulo Guedes em palestra a nata do
empresariado brasileiro, deu um esboço geral de suas principais metas a frente
do Ministério da Economia, ressaltando, que um dos tópicos seria uma revisão do
famoso e indevassável Sistema S.
Causando um certo desconforto entre os presentes,
acostumados a serem paparicados pelos governos anteriores, esclareceu, que
pretende cortar entre 30 e 50% das bilionárias verbas destinadas ao poderoso
Sistema, que apesar de sustentado por dinheiro público, jamais prestou contas
de como o ervanário é aplicado.
Ressaltou, que se houver cooperação e entendimentos, o corte
terá como base o patamar inferior, caso contrário, serão tosquiados 50%, sem
choro nem velas.
O Sistema S envolto numa caixa preta indevassável, absorve
anualmente quase 17 bilhões de reais, gastos com as Federações Sindicais Patronais(FIESP,
FIRJAN, FIEMIG...) e entidades subsidiárias, como Senai, Sesi, Sesc, Senac e
Sebrae, que oferecem cursos profissionalizantes de ótima qualidade, funcionando
em todo o país desde longa data.
O problema é que nenhum desses órgãos presta contas a
sociedade, o que deveria ocorrer, pois sobrevivem com recursos públicos.
Uma auditoria extemporânea do TCU realizada entre 2015 e 2016,
constatou que 90% das contratações dessas entidades eram feitas sem licitação,
mesmo as de valores significativos, o que dá margem a sérias desconfianças, por
todos os trambiques que vem sendo descobertos em nossa história recente.
O TCU também constatou, dentre o enorme patrimônio imobiliário
do Sistema, com quase 3.000 imóveis espalhados pelo pais, várias unidades são
utilizadas com finalidades que nada tem a ver com suas atribuições,
demonstrando haver “caroço nesse angu”.
Outro aspecto que tem que ser muito bem escarafunchado, são
os patrocínios as equipes de voley, basquete e torcidas organizadas, nicho
ideal para desvios e maracutaias.
Dispêndios na construção de sedes majestosas, no pagamento
de salários sem teto e com prováveis penduricalhos, não deixam de ser uma
atração fatal para nossos administradores, que são facilmente seduzidos por
mordomias e pelo vil metal.
Na diretoria dessas entidades foram encastelados
ex-dirigentes sindicais de renome, a exemplo de Jair Meneguelli,dentre muitos
outros, que numa das diretorias do Sesi recebia a bagatela de 70 mil mensais,
fora vantagens adicionais.
Para que o novo governo cumpra com suas promessas de reformas,
moralização e combate a corrupção, é imprescindível que restrinja a grana farta
destinada ao Sistema S, alem de exigir a
prestação de contas de todas entidades subordinadas, enxugando os gastos
exorbitantes com pessoal, que atinge a cifra de 5 bilhões ano, fazendo um
expurgo total de ex-sindicalistas e apaniguados de partidos e regimes
anteriores.
Essa mamata tem que acabar com urgência.
Cacete neles, Senhor Ministro!!!
José Roberto- 08/01/19
O Estado brasileiro cresceu tanto, mas tanto mesmo que gerou um outros Estados Ocultos. O Sistema S é a prova escancarada disso. Acabar os diversos "estados ocultos" é que são elas, pois os participantes desses estados estão coladinhos no governo e não soltam o osso de jeito nenhum, usando todas as artimanhas possíveis e imagináveis. Como diria Millôr Fernandes: “Todos os países são difíceis de governar. Só o Brasil é impossível.”
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