TERCEIRIZAÇÃO
Por princípio e convicção, sou contra tudo o que o PT prega
e defende, mas no caso da terceirização, sou obrigado a concordar ao menos em
parte, com as idéias desses corruptos destrambelhados.
De uns tempos para cá virou modismo terceirizar um pouco de
tudo, inclusive funções e atividades essenciais que deveriam ser exercidas por
titulares habilitados da própria empresa.
Temeridades, que adotadas afoitamente no embalo do modismo,
podem comprometer o desempenho, a reputação e os resultados da empresa ou
conglomerado.
Quem como eu trabalhou e trabalha no Setor Elétrico desde há
muito, acompanhou esse insinuante tendência, que começou corretamente,
terceirizando-se as obras de construção de usinas, redes de transmissão e
distribuição, depois estendida levianamente a manutenção, leitura, entrega de
contas, ligações, inspeções, e até ao atendimento a consumidores que se
despersonalizou, funcionando como um tipo de telemarketing.
Jamais concordei com terceirização de atividades essências
das concessionárias de energia elétrica, tais como faturamento, medição,
inspeção, ligações novas e até mesmo a manutenção, pois é imprescindível que a
empresa tenha um corpo técnico competente, para fiscalizar, acompanhar e
supervisionar as obras e serviços contratados.
Com a evolução da informática que permite a emissão e
entrega da conta, simultânea a leitura dos medidores, entendo que essa
atividade também deveria ser executada por funcionários próprios da
concessionária, que teriam mais sensibilidade para detectar eventuais
discrepâncias e suspeitas de fraude.
A terceirização pode ser muito saudável em algumas
atividades, tanto no setor público quanto privado, mas é a porta de entrada
para a corrupção e grandes trambiques.
São justamente nos contratos de prestação de serviços
firmados com empreiteiras, que surgem a oportunidades das comissões escusas,
dos “por fora”, dos adendos, dos percentuais para partidos ou grupos de
espertalhões.
O mesmo acontece nas empresas particulares, talvez em menor
escala, porem sempre existe a chance do condutor do processo levar aquela
vantagem secreta, ganhar brindes e viagens ao exterior, em companhia da mulher
ou de um harém de popozudas.
Acredito, que algumas concessionárias terceirizaram até o
atendimento telefônico, fechando por medida de “economia” diversas agências e
postos de atendimento físico, privilegiando-se o atendimento virtual.
Ser atendido por esses analfabetos que mal sabem o que é kw,
kwh e outras grandezas elétricas é um descalabro,
Já tive a oportunidade de sofrer e perder meu tempo tentando
conversar com esses debilóides.
O Setor Elétrico é o exemplo típico dos riscos e do mau
emprego da terceirização, pois está totalmente desmoralizado, piorando
sensivelmente a qualidade da prestação de serviços, com os valores das tarifas
em níveis insuportáveis.
Como se diz no interior: “Assim, não há cu que agüente!”
A terceirização é realmente um perigo, pois existe até
marido terceirizando suas obrigações matrimoniais, não ganhando nada alem de
chifres, os conhecidos “cornos mansos”.
José Roberto- 09/04/15
Zé
ResponderExcluirMuito bem colocado o seu texto, pois a terceirização excessiva implica em vários riscos, que podem mesmo comprometer a saúde de qualquer empresa.
Concordo que no Setor elétrico, a tendência trouxe mais perdas que ganhos, principalmente para os consumidores, que no final, pagam o pato e a tarifa alta.
Bem, a Dilma já está terceirizando o seu governo, pois está passando "tudo" para do PMDB. A terceirização realmente é um perigo se ela for muito ampla. É exatamente o que querem os políticos, pois abrem novas portas para as propinas. Aliás, quem diria até a CUT está terceirizando, pois terceirizou o protesto contra o projeto de lei que amplia exatamente a possibilidade de terceirizar a mão de obra em empresas públicas e privadas.Para fazer número na manifestação de terça (7), a CUT pagou cachê de R$ 45, além de haver fornecido lanche, boné e camiseta (ou colete), com inscrição da entidade, para as pessoas pobres recrutadas na periferia de Brasília.
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