PORTOS, PONTES E PINGUELAS
Estamos cansados de saber que nosso governo petista é
pródigo com os camaradas cubanos, bolivarianos e republiquetas sanguinárias da
África, investindo sem dó nossa suada grana, sem perspectivas de retorno, ou perdoando dívidas em troca de apoio, em
suas frustradas pretensões de ser incluído como membro efetivo do Conselho de
Segurança da ONU.
O porto de Mariel, em Cuba, é o exemplo clássico do
esbanjamento de dinheiro sem qualquer resquício de lógica.
Atuando na surdina, a revelia dos órgãos de controle
interno, ainda sob tutela do Batráquio apedeuta, o alto comissariado
petista, investiu nesse moderníssimo porto
ao longo de seis ou sete anos, quase um bilhão de reais.
Um porto ultra-moderno sem ter o que exportar, a não ser médicos
cubanos, que se formam aos milhares, e também charutos e rum, cuja produção
anual poderia ser acondicionado em algumas dúzias de conteiners.
Desperdiçou em Cuba, o que deveria ser aplicado aqui no
Brasil, onde nossos portos necessitam de melhorias urgentes.
Para desviar a atenção dos incautos e alardeando com muita
propaganda os esforços para melhoria de nossa infraestrutura portuária, aplicou
na modernização do porto de Natal, 72 milhões, migalhas perto da aventura
cubana.
Numa demonstração soberba da nossa capacidade de
planejamento, o porto foi projetado para receber até 3.500 passageiros/dia,
porem, os cérebros idealizadores da obra, esqueceram de um pequeno detalhe.
O acesso para o novo terminal exige que os navios passem sob
uma ponte, cujo vão máximo é de apenas 50 metros de altura.
Acontece, que qualquer transatlântico moderno, tem altura
bem superior, sendo impedidos de navegar sob essas águas.
Para utilizar o terminal, terão que fazer baldeação com
canoas, pois a derrubada da ponte está fora de cogitação, devido sua
localização estratégica para a cidade.
Essa piada de mau gosto me fez lembrar de alguns fatos
ocorridos em Piracicaba, “ a long time
ago”.
O prefeito da cidade era um empresário semi-analfabeto, mas
esperto, bem sucedido e empreendedor, Luciano Guidotti, que foi sem sombra de
dúvida, um dos melhores administradores da Noiva da Colina.
Em sua primeira gestão, canalizou o riacho do Itapeva, que
cortava e dividia a cidade, transformando-a em uma bela e sinuosa avenida.
Ficou célebre sua atitude, quando disputava com o governo do
estado, a desapropriação do antigo terreno da Estrada de Ferro Sorocabana.
Visitando o local onde a nova estação rodoviária seria
construída, na marra, deparou-se com o agrimensor tomando as medidas com o
teodolito, demorando para definir os
pontos de estaqueamento.
Não se fez de rogado!
Riscou o chão com o calcanhar em toda a extensão,
delimitando a área onde as obras deveriam ser executadas.
A rodoviária foi construída e a briga com o estado
prolongou-se por muitos anos, com o terreno sendo finalmente doado a
prefeitura.
Num segundo mandato, com verbas fartas oriundas do FPM, IPI
e ICM, pois a cidade crescia e se industrializava, resolveu suprir uma das
carências locais.
A cidade tinha apenas uma ponte que dava acesso a Vila
Rezende e a margem direita do Rio Piracicaba.
Reformou a ponte existente, construindo em lugares chaves,
mais duas ou três, que facilitaram as rotas de acesso e a mobilidade urbana.
Meses depois, recebendo a visita de um representante graduado
do DAEE, órgão estadual responsável pela fiscalização dessas obras, acompanhou
pessoalmente o dignitário na vistoria das pontes.
Olhando a cara azeda do inspetor, que considerou baixo o vão
livre entre a ponte e o leito do rio, deixou escapar essa pérola: “as pontes foram feitas para passar água em
baixo e não corno”.
O fiscal escafedeu-se nunca mais dando bandas pela cidade e
as pontes continuam firmes e úteis até hoje.
Saudades dos bons tempos, onde havia ainda uma boa safra de
políticos honestos.
José Roberto- 17/07/14
Otimas lembranças de Luciano Guidotti que foi mesmo um grande prefeito, não um político, mas um empresário. semi-analfabeto, que dedicou parte de seu precioso tempo para lutar pela modernização de Piracicaba.
ResponderExcluirHoje não existem mais pessoas desse tipo, apenas políticos que querem meter a mão na grana pública.
Este tipo de prefeito já tivemos em várias cidades do Brasil, e olha que naquele tempo não existia tanto controle assim das verbas. Hoje, com todos os controles que temos, a roubalheira é geral e em todos os níveis da administração pública.
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