ENQUANTO A BOLA ROLA
Aproveitando o completo alheamento da nação enquanto a bola
rola nos gramados, os partidos políticos envolvem-se em altas negociatas,
barganhando segundos na TV por cargos, de olho naqueles com maiores orçamentos,
obras e perspectivas de superfaturamento.
Superfaturamento, palavra doce como o mel, que escorrega
gostoso pela goela grande dos políticos e administradores, cujos frutos
pecaminosos repousam tranqüilamente em contas secretas, meias e cuecas.
Dentro desse clima de permissividade onde todos os
envolvidos pretendem levar vantagens, instalou-se o clima do troca-troca, da
suruba desavergonhada, onde cada um dá o seu (que é do povo) e toma o dos
outros(que também é do povo).
Eu, que ainda continuo torcendo contra(?), mas atento, acompanho a senvergonhice geral,
que em tempos petistas, atingiu níveis incomparáveis, “como nunca na história
desse país”.
Besta que sou, perco meu precioso tempo vendo entrevistas,
lendo jornais, revistas, escutando o radio no trajeto ao escritório, estimulando
a produção de bílis, a irritação estomacal, o mau humor, sabendo de antemão que
minha curiosidade mórbida não leva a nada.
De nada adianta tomar ciência de mais desfalques e
superfaturamentos em obras da Petrobras, de sentir vergonha ao testemunhar nossa
Presidente dar um passa fora num ministro que nos parecia correto, reconduzindo
um tampão que já havia sido rebaixado, para agradar o patrono corrupto de um
partido ainda mais corrupto, varrido numa falsa operação limpeza, no início de
seu mandato.
Essa senhora, inventada como gerentona pelo ex-Presidente
Mula, digo Lula, conseguiu nesses quase
quatro anos, comprovar sua incapacidade gerencial, mas tomou gosto pelo poder e
mordomias, lutando para não desgrudar das sagradas tetas.
Em seu périplo de inaugurações de obras inacabadas, algumas
mal saídas das pranchetas, esteve ontem no Rio inaugurando o Arco Rodoviário,
com quatro anos de atraso. Alguns quilômetros caprichados para sair bem na foto
e o restante, a maior parte, ficando ao Deus dará.
Com um pequeno detalhe, a obra, orçada em 900 milhões, já
consumiu um 1,9 bilhão, aditivos oportunos que não invalidam a importância do
projeto, para gáudio dos envolvidos, restando ainda muito mais por vir.
Esse é o nosso vibrante país, com políticos e administradores
“idealistas e da mais nobre estirpe”, defendendo seu único e exclusivo partido,
o PIP, Partido do Interesse Próprio, enquanto o povão, abestalhado, aglomerado
em suas casas, bares e esquinas, assiste sofrendo, os quase vexames dessa nossa
seleção de enganadores.
"Criança! Não verás nenhum país como este! Olha que
céu! que mar! que rios! que floresta! QUE POLÍTICOS"
José Roberto- 03/07/14
Como cantou Chico Buarque, enquanto a bola rola, políticos envolvem-se em tenebrosas transações.
ResponderExcluirE o povo só leva ferro!!!!
Sem alarde, dias atrás, aproveitando a Copa, a presidente Dilma Rousseff editou um decreto cujo objetivo declarado é “consolidar a participação social como método de governo”. O Decreto 8.243/2014 determina a implantação da Política Nacional de Participação Social (PNPS) e do Sistema Nacional de Participação Social (SNPS), prevendo a criação de “conselhos populares” formados por integrantes de movimentos sociais que poderão opinar sobre os rumos de órgãos e entidades do governo federal.
ResponderExcluirEnquanto a bola rola na Copa, foi aprovado um novo Plano Diretor para a cidade de São Paulo, transformando a tolerância com as invasões em “direito adquirido”. Era só que faltava, um plano legalizador de invasões! Ou seja, enquanto a Copa avança nossos políticos, sem nenhum pudor, agem com bem entendem. Pobre Brasil!