QUINHENTOS TONS DE BOA SACANAGEM
Já escrevi um texto sobre essa dona de casa inglesa, que
escreveu uma trilogia sobre sacanagens para adolescentes, caindo no gosto da
mulherada, inclusive das brasileiras, vendendo pra caralho, acabando por ficar
milionária.
Milionária o cacete, a danada ficou bilionária, pois somente
no Brasil, em quatro meses, vendeu 2,4 milhões de exemplares, um recorde que
dificilmente será batido.
Escritor brasileiro que se preze, quando vende muito, mal
chega aos 50 mil exemplares.
Essa inglesa insossa e gordinha, com seus “Cinqüenta Tons de
Cinza”, “Cinqüenta tons mais Escuros” e “Cinqüenta Tons de Liberdade”, que no
abecedário de sacanagens não deve nem ter chegado a letra F, conseguiu um feito
memorável, conquistando o libido das mulheres e segunda consta, até de alguns
homens(provavelmente boiolas, com todo o respeito).
Não li e nem lerei essas porcarias, que para mim não passam
de água com açúcar, a começar pelo nome dos personagens, o garanhão Christian
Gray, marca de água de colônia de procedência duvidosa, e a heroína tesuda,
Anastásia, nome quebra tesão.
Tentando entender como essa droga se espalhou pelo mundo
como uma peste sem antídoto, sou forçado a concordar com a tese petista, que
“tudo se deve a mídia elitista”, inglesa e mundial, que elegeu E.L. James como
pitonisa das donas de casa recalcadas e insatisfeitas.
Se essa dona está faturando horrores, sem possuir 10% do meu
cabedal “sacanalógico”, fico imaginando se também não conseguiria meu pé de
meia, escapando de vez do maldito cheque especial, se resolvesse botar no
papel, uma parcela dos meus conhecimentos dessa área especifica, na qual me
graduei com méritos e honrarias.
Um caipira relativamente esperto, desconfiado, com um libido
quilométrico, iniciado na literatura do ramo com os instrutivos livretos
ilustrados de Carlos Zéfiro, desenvolvido e aprimorado em Monte Alegre, sob os
auspícios de Eva da Lancha, Eva da Dita e da insuperável Lena Auto Escola,
Filha de Maria exemplar(fita larga) que não perdia uma reunião, disputada
inclusive com o mano mais velho para acompanhá-la nas idas e vindas a bela
igreja no alto da colina.
Lena era uma exclusividade dos “jovens de leite”, com idade
entre quinze e dezessete anos, descortinando-lhes o maravilhoso mundo da
bolinação e dos toques nas partes pudentas, sem jamais chegar as vias de fato.
Foi a responsável pela “criação de calos” nas mãos de
centenas de jovens montealegrinos.
Lembro da chegada de sua irmã mais nova, cujo nome me foge,
vinda de São Paulo, que veio auxiliá-la em sua nobre tarefa instrutiva e sendo
mais moderna, propiciava novos deleites aos jovens iniciantes nos prazeres da
carne.
Eu era um dos alunos mais aplicados.
Minha graduação foi feita na Ripolândia, inesquecível bairro
onde moças bondosas mediantes módicos pagamentos, prestavam inestimáveis
serviços a rapazes e homens de todas as idades.
Como não recordar da Mazola, loira falsa e caridosa, que
durante do dia, cobrava apenas um valor simbólico dos estudantes, duros em
todos os sentidos.
Outra figura impagável desse centro de saber, era a cafetina
Maria 39, que controlava suas quengas com mão de ferro.
Se o atendimento ao cliente ultrapassava o tempo combinado,
metia os pés na porta expulsando o atrevido e repreendendo a moçoila com a
costumeira frase:
“nesse tempo que você gastou eu já teria servido uma meia
dúzia”.
A saudosa Ripolândia feneceu, quando um prefeito bicha(com
respeito) de Piracicaba, tentou controlar a frequência dos fregueses desse
alegre bairro.
Com a falta de fregueses a putada se dispersou pela cidade.
Por essas e outras façanhas incontáveis, nesse final de ano,
época de renovação de promessas e propósitos, desde já, antecipo aos meus fiéis
e raros leitores, que pretendo brindá-los com uma obra prima, um livro para
espadas, para aqueles que gostam da
fruta, contendo sacanagem da grossa,
obviamente escrita sob pseudônimo.
Sei que vou levar “uns cascudos” de minha mulher, pois ela
detesta quando escrevo sobre baixarias, mas infelizmente não consigo calar essa
verve latente, que pulsa forte em minha velha e suja cabeça.
José Roberto- 19/12/12
O bom e velho Zé, abordando o assunto que mais gosta.
ResponderExcluirComo sempre, um texto para desopilar.
Parabens.
Não entendendo o que essa mulherada está querendo.
ResponderExcluirExistem milhares de livros de sacanagem muito mais bens escritos e com mais detalhes que o dessa chata inglesa,
Ingles não é bom de sexo, isso todos sabemos.
Esses livros não servem nem como iniciação.
Esta porcaria está vendendo muito e mostra a força da mídia. As mulheres do mundo inteiro estão infantilizadas e sem nenhuma noção da "coisa sexo". Como a nossa juventude troca de parceiros como trocam de camisa, ninguém mais se aprofunda no relacionamento amoroso e sexual. A coisa esta mais para rapidinhas...
ResponderExcluirTenho certeza que seu livro será um sucesso.
ResponderExcluirTome coragem e nesse ano novo escreva o tão esperado livro, que garanto a compra de pelo menos 10 exemplares.