FINADOS 2024
Véspera de
finados.
Dia de todos
os Santos, que antigamente era também feriado. Recordo que o apelido desse
data, 01/11, era Dia de São Nunca. Não me lembro e não sei por quais razões.
Acabou sendo desbancado do calendário santificado da Igreja (Terceiro
Mandamento)
Manhã fria,
com um vento cortante que incomoda, o sol ainda indeciso se vai ou não dar as
caras, contando com a torcida dos cariocas, ansiosos, que frequentam a praia
com qualquer tempo. O carioca legítimo não abre mão desse laser, quase uma
obrigação.
Finados é
uma das poucas datas comemorativas que particularmente não gosto, embora tenha
ciência, que a maioria absoluta dessas datas tenham suas origens, baseadas muito mais num apelo comercial que
sentimental.
Dia das
mães, pais, crianças, são combustíveis propulsores do comércio, fatores que
estimulam a produção industrial e saúde econômica do país.
Os mortos
que passaram por minha vida, deixando marcas gravadas com amor em meu coração,
não precisam de um dia especial para serem lembrados.
As lembranças
desses entes queridos surgem espontaneamente, em momentos inesperados, tanto de
alegrias como de tristezas, reavivando situações marcantes , onde palavras, gestos,
ou mesmo a simples presença do pai, do irmão , ou do amigo, foram muros de
arrimo em situações delicadas.
Fazem falta. Muita falta!
Nesse
momento que escrevo o texto, ao invés de tristeza, lembro com alegria da sorte
e felicidade que tive, de ter tido pais maravilhosos, sogros bondosos e amigos
do peito que me amaram sem exigências, minimizando meus defeitos , olhando
apenas para as poucas e eventuais qualidades.
Fui e sou
uma cara de sorte, por ter convivido com pessoas tão especiais.
Cada um tem
lugar cativo em meu coração. Não morreram. Passaram apenas para um plano
superior, de onde acompanham meus passos nessa longa e atribulada travessia.
Como de
costume, hoje, amanhã e sempre rezarei por eles. Não que precisem de minhas
orações, pois já estão muito bem acomodados no céu, sendo apenas uma forma
singela de mantermos contato.
Em respeito
a meus pais e a todos mencionados no texto, me abstenho de encerrar com a frase
costumeira, que não deve ser citada quando nos referimos a pessoas queridas e
honradas.
José
Roberto- 01/11/24
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