(CAÇA SUBMARINA- ONDE TAMBÉM JÁ FUI BEM RAZOÁVEL)
MINHAS
OLIMPÍADAS PARTICULARES
Dias atrás,
aproveitando a deixa do grande compositor/cantor Toquinho, que fez uma
homenagem ao Liceu Coração de Jesus- S.Paulo, colégio salesiano onde estudou, que
devido à proximidade da Cracolândia, com poucos alunos, fechou a portas no
final de 2022.
Em meados e
1957, cursando a segunda série ginasial no Colégio Salesiano Dom Bosco, em
Piracicaba, venci uma espécie de olimpíada religiosa, denominada “Certame”,
decorando um livro de religião de umas cem páginas, ganhando uma medalha e o
direito de ser um dos representantes do colégio no Certame Nacional, que seria
realizado no Liceu, o principal colégio salesiano do país.
Viagem
inesquecível quando conheci a imponente capital paulista, enchendo os olhos de
um caipira do interior, que deslumbrado, nem lembra como foi no “Certame”,
tendo a certeza que não ganhou prêmio algum.
Nas
competições esportivas posso dizer que fui bastante razoável, principalmente no
Futebol de campo e de salão, defendendo a camisa do Colégio em todas as
competições, principalmente nos jogos intercolegiais disputados entre os
colégios da cidade.
Um pouco “mais
empenado”, cursando o científico, participando de um treino de futebol,
preparatório para os jogos que se aproximavam, vi um grupo de alunos treinando
arremesso de dardo.
Curioso, me
aproximei, fiquei olhando os arremessos, as poses de uns alunos metidos que
fingiam entender do assunto, e depois de algum tempo comentei com o professor
de educação física que coordenava o treino: “jogo mais longe que esse pessoal”.
Ele, talvez
de brincadeira, perguntou se já conhecia e praticava esse esporte; respondi que
não, porem desde pequeno costumava brincar arremessando “lanças e flechas”, bem
mais longe que a turma que treinava.
Certamente
não levando a sério minhas palavras, pediu para que eu fizesse um arremesso,
ficando na espreita para ver o resultado do meu “papo furado”.
Logo no
primeiro arremesso, mesmo sem qualquer técnica, devo ter alcançado um boa
distância, pois o professor espantado, me deu algumas dicas pedindo que
repetisse.
Fui bem,
sendo convidado a participar da seletiva que seria realizada dentro de alguns
dias. Fui, vi e venci, sendo designado para representar o colégio no
Intercolegial que estava próximo.
Me
emprestaram um dardo que levei para casa, tendo oportunidade de treinar e aprimorar
minha técnica incipiente, tentando uma boa participação no “grandioso” evento.
Competi e me
dei bem, arremessando 63 metros, conseguindo uma medalha para o Colégio.
Pena que na
época, o arremesso de dardo não tivesse relevância, principalmente numa cidade
do interior, onde predominava o futebol e basquete. Em outros tempos poderia
ter progredido.
Lembro
também, que na competição, a alegria foi um tanto amenizada, porque faltando representante
para correr os 1.000 metros rasos, fui chamado para o posto, pois jogava bastante
futebol estando em boa forma.
Parti feito
uma flecha, tomando a frente nos primeiros metros, porem caindo na real, fui
sendo ultrapassado por todos, menos um, que me livrou de amargar a última
colocação.
Fiquei
ciente, que não tinha qualquer chance de ser um velocista, contentando-me em
ficar com o futebol.
Quase deixei
de mencionar, que também fui um jogador bem razoável de tênis de mesa, ganhando
inclusive várias competições realizadas anualmente no Clube Monte Alegre, no
Primeiro de Maio, recebendo prêmios em dinheiro, uma mixaria, mas quebrava meu
galho.
Adulto,
continuei com o futebol e futebol de salão, sendo bastante razoável.
O Tênis,
veio depois, com mais de 30 anos, iniciando nesse esporte que pratico até hoje,
por conta de uma aposta, assunto para outra ocasião.
Não
pretendia macular o texto saudoso e piegas, mas lá vai:
Fora Mula!
José
Roberto- 08/08/2024
Não importa vencer ou não. O importante é competir e ser feliz.
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