A BEIRA DE UM ATAQUE DE NERVOS-2024
Já afirmei inúmeras vezes, que ando
numa fase meio “down”, com o saco mais cheio que o do Papai Noel em véspera de
Natal.
Expliquei algumas das razões, mais
existem outras.
Acordei hoje com um oco na barriga,
não de fome, mas de puro “cagaço”.
Inicio nesta data meu check-up
anual, que a cada ano atraso um pouquinho. Desde o último, já se vão ano e
meio.
Com a repetição, até que perdi boa
parte do medo, suportando estoicamente as perfurações em meu corpo, para coleta
superfaturada de um sangue bom, que suo para fabricar.
Não reclamo mais por ter que
engolir contrastes de cores e gostos horríveis, alguns até radioativos,
injetados em minhas veias através de agulhas rotundas, que causam sérios
estragos em minha pele cansada, que já perdeu o viço e resistência.
Não me incomodo com o desconforto
de entrar em canudos estreitos, e ficar horas deitado, completamente inerte,
submetido a sons e barulhos torturantes.
Chato mesmo é tomar litros e litros
de água, e com a bexiga cheia, quase estourando, esperar o danado do médico que
irá pilotar o aparelho de ultrassonografia, pois o sádico sempre atende com
atraso, somente após ameaças do “mijo eminente”.
Com a avançar dos anos (sem
trocadilho), temos que nos resignar e aceitar essas humilhações com destemor e
picardia, pois o corpo velho e cansado requer cuidados especiais, embora
desagradáveis.
Tudo que mencionei até com um
pouquinho de exagero, exames, perfurações,
entrar em tubos, cagadas e mijadas,
consigo tirar de letra, porém, deixei por último a verdadeira origem, a
“mãe de todos meus temores”, a razão
maior do meu grande cagaço.
Quando lembro que tenho que passar
pelo urologista, quase borro minhas calças.
Tenho que juntar todas minhas
forças para penetrar no consultório do Dr. Kededo, o verdadeiro “inferno de
Dante”.
Escrever e descrever o infortúnio
de uma “dedada”, requer uma serenidade, a qual não disponho no momento.
Deixo para abordar o tema cruciante
numa manhã mais feliz, numa ocasião oportuna, ou quando necessitar de um forte
desabafo.
E vamos ao sacrifício!
José Roberto- 30/04/14
26/08/24
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