O BRASILEIRO
É FODA
Estive neste
início de semana em Itanhaém, resolvendo problemas particulares.
Ida tranquila,
6 horas de viagem, respeitando os limites de velocidade com algumas aceleradas
em retas e lugares propícios, tomando cuidado com os “pardais”, mas ontem, na
volta, saindo as 5h da manhã, um pé no saco.
Oito horas
num trânsito anormal, pois nunca vi tantos caminhões juntos, desde a Serra de
Santos(via Anchieta interditada), até descida da Serra do Mar, já em solo fluminense.
No caminho três
congestionamentos, o primeiro e o maior, onde perdi uma hora parado, ou andando
a passos de tartaruga, devido a um acidente com um caminhão carregado de
laranjas, tombado no acostamento, numa região erma, sem qualquer habitação a
vista.
O problema é
que as laranjas se espalharam pelo
asfalto e mais de uma centena de pessoas degladiavam pela posse das frutas,
tomando conta da pista, paralisando o tráfego.
Incrível,
como pode aparecer tanta gente em questão de minutos, num lugar desolado. Notei
inclusive muitos carros estacionados ao longo do acostamento, obviamente para
coletar a “preciosa carga”.
Esses “predadores
profissionais”, como formigas, devem ter um meio de comunicação instantâneo,
quando ocorrem acidentes com cargas de produtos alimentares em qualquer estrada
do país, pois em questão de segundos, lugares isolados se enchem desses “saqueadores
oportunistas destemidos”, que não se incomodam em parar o trânsito, para encher
suas cestas e farnéis.
Quando esses
acidentes ocorrem com caminhões de bebidas, o assédio e ainda mais
impressionantes, pois até passantes em sentido contrário, param para colher um
pouco do “butim”.
Povo filho
da puta de esganados. Não se preocupam em ajudar, nem com os problemas que
causam aos viajantes, que como eu, cansados, só pensam em chegar o mais rapidamente
possível a seu destino. Muito pior para os transportadores de cargas perecíveis.
Após vencer
esse primeiro grande enrosco, tive pela frente ainda dois engarrafamentos,
motivados apenas por excesso de movimento, principalmente de caminhões, que em
filas intermináveis lotavam a Via Dutra.
A descida da
Serra foi também sofrida, lenta, quase parando ou parando, devido principalmente
aos caminhões “truques”, aqueles emendados com mais de uma carroceria.
Nas curvas
constantes da descida, que necessita de melhorias com urgência, esses grandes
caminhões ocupam as duas pistas,
intimidando e pondo em risco os veículos
menores que tentam ultrapassá-los, “ficando num chove não molha, não trepa nem
saí de cima”, que nos finalmente fodem a todos, atrasando as viagens e aumento
o gasto com combustível, que atualmente custa os olhos da cara.
Soube, que
felizmente, a empresa que ganhou a concorrência para exploração dos caros
pedágios e manutenção da Dutra, terá como uma de suas primeiras obrigações,
melhorar as condições da pista de descida no trecho da Serra do Mar, que é uma
merda.
A pista de
subida é bem razoável, não apresentando maiores problemas.
Essa
situação perdura há mais de 30 anos, com a concessionaria enchendo os bolsos,
com as elevadas tarifas nos diversos pedágios ao longo da rodovia.
O importante
e que cheguei bem. Estropiado, mas inteiro.
Mula é
ladrão!
José
Roberto- 10/03/22
Imagino tudo que passou, pois conheço muito bem a Serra das Araras. Aliás, o Estado do Rio de Janeiro tem péssimas serras nas rodovias principais. A Serra de Petrópolis é outra droga. Ainda bem que faz muito tempo que não pego nenhuma das duas. Espero que esta situação mude o mais rápido possível.
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