EU, MINHA
FAMÍLIA E OS ARTISTAS
No final de
semana, li rapidamente uma reportagem sobre a cantora Simone, que anda sumida
desde que acabaram com as festividades de Natal e Ano Novo na Lagoa, bem em
frente ao nosso apartamento, quando tocava sem parar “Então é Natal”.
A “Cachorra”,
como a chamávamos carinhosamente em nossa casa, desde que a ouvi pela primeira
vez cantando “...estava solta a CACHORRA, que mete os dentes e não late...),
apareceu numa foto, inteirona, aos 72 anos dizendo estar “cheia de tesão” ,
dando continuidade a carreira.
A cantora fez
algumas confissões secretas, dizendo que chegou a pensar a ter um filho com
Toquinho, que talvez nem tenha tomado conhecimento do fato, pois acho que ele
toparia, apesar da diferença de tamanho entre os dois. Na horizontal tudo se
nivela.
Simone é um
mulherão, pena que prefere as mulheres. Para mim, um desperdício.
No nosso prédio
moraram diversos artistas, sempre de passagem por razões que não interessam,
sempre num apartamento no andar acima do nosso.
Lembro do
Erson Capri, Mirian Rios, simpáticos e tranquilos.
O problema
esquentou quando o dito apartamento foi ocupado por mais de um ano, pela
Marlene Mattos, empresária da Xuxa durante seu auge na rede Globo.
Uma vez por
semana, após gravação do show, Xuxa dormia no apartamento da Marlene e era uma
baita confusão.
Começava ao
entardecer, com uma aglomeração de fãs na frente do prédio, pisando em nosso
gramado e fazendo algazarra. Acredito que era a própria Marlene que dava o
toque para a meninada, a fim de fazer marketing e divulgação.
Era um
porre, pois Xuxa chegava a noite, com ao menos dois seguranças armados e queria
o elevador reservado exclusivamente para ela, o que eu, como síndico,
nunca permiti, além de proibir os
seguranças de acompanhá-la no elevador. Tive vários aborrecimentos durante esse
período, causado principalmente pelos seguranças, embora Xuxa tenha sempre
tentado ser simpática.
Marlene
Mattos era uma figura.
A primeira
vez que a vi, subindo juntos no elevador, pensei tratar-se de alguma serviçal
do prédio(sem qualquer preconceito, dada sua simplicidade), trajando jeans surrado , uma camiseta branca e um casaco
do mesmo tecido, também bastante desgastado.
Tentando
puxar conversa, ela se identificou e espero não ter feito “cara de bunda”,
mantendo uma boa e rápida conversa no
elevador, dentre outras tantas que tivemos posteriormente.
Marlene
matos, apesar do seu jeitão masculinizado, sempre foi muito agradável e simpática.
O mesmo não
acontecia com alguns de seus visitantes, artistas que a procuravam, pois a
empresária estava também em pleno apogeu, por cima,no show business.
Numa dessas ocasiões,
estando eu em minha filha caçula(na época, com uns 12, 13 anos) no elevador,
eis que para nosso deleite, Simone se junta a nós.
Balancei a
cabeça de leve, enquanto Fernanda a cumprimentava efusivamente.
A Cachorra
nem se dignou a responder ou mesmo olhar para minha filhota, mantendo-se altiva
e arrogante, num silencio constrangedor.
Não levou
segundos para Fernanda constatar a situação ridícula e cair uma tremenda gargalhada, da qual fui
obrigado acompanhar com mais comedimento.
Nós três no
elevador e minha filha rindo as pampa,s num lance totalmente hilário.
Quem perdeu
toda a pose e graça foi a Cachorra, que com a cara amarrada tentava disfarçar
olhando para o teto do elevador.
A danada,
sem educação, deve ter aprendido uma boa lição.
Esperamos,
que agora, “bem madura e tesuda” tenha refinado seus modos.
Mula é ladrão!
José Roberto-
22/03/22
Só posso dizer que de "Artistas" o que eu quero é distância. No meio artístico tem tanto mal caráter quanto no nosso congresso. Manter a distância deles, os artistas, é o melhor que fazemos.
ResponderExcluirAliás até errei: quero dizer mau-caráter.
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