QUARENTENA- DIA 190- FORZA ITÁLIA
Fiquei com dor de cotovelo por não ser italiano.
Conseguiram um feito heroico, que nós jamais conseguiremos nem chegar perto, pois somos um povinho de memória curta e interesses longos.
Apesar da Itália estar também patinando na merda, ao menos demonstraram mais amor e patriotismo, coisa que nos falta, pois para tentar reverter a dura situação atravessada pelo país que já vinha em crise, agravada pela redução da atividade econômica forçada pela pandemia, tiverem a coragem de exigir um referendo popular, que resultou na aprovação de uma corajosa medida, reduzindo o numero de parlamentares em mais de um terço(36%).
A Câmara de Deputados italiana passará na próxima legislatura, de 630 para 400 deputados e o Senado de 315 para 200 senadores, propiciando uma economia de alguns bilhões de euros, que terão melhor destino que gastos e mordomias com parlamentares.
Imaginem se esse milagre ocorresse aqui no Brasil.
Nosso mastodôntico Congresso é composto por 513 deputados e 81 senadores, que custam ao país o absurdo de quase 11 bilhões por ano.
Com a eventual redução de 1/3 dos deputados, de 513 para 341, teríamos de imediato uma redução de despesas da ordem de 2,16 bilhões/ano, e no Senado, a redução lógica seria de 2/3, pois não há justificativas para estados como Roraima, Amapá, Acre e outros, terem 3 senadores que se elegem com “meia dúzia de votos”. Para ser equânime, 1 por estado seria mais que suficiente, pois praticamente nada produzem de útil para o povo.
Com apenas 27 senadores teríamos uma redução de despesas da ordem de 3 bilhões/ano, grana que somada aos mais de 2 bilhões da redução da Câmara, poderia ser melhor aplicada em educação, saúde e segurança.
Sem esquecer que, com a redução de deputados e senadores, inúmeros cargos de confiança seriam cortados, diminuindo sensivelmente o numero de políticos e apaniguados, que mamam e roubam o leite da viúva.
Se essas medidas de redução fossem também estendidas aos estados e municípios, reduzindo-se pela metade o numero de deputados estaduais e de vereadores, seria o milagre do século, a abertura da porta de entrada ao primeiro mundo.]
Em pouco tempo atingiríamos níveis europeus de progresso, pois com a baixa efetiva da corrupção e com melhor aplicação dos recursos públicos, seriamos realmente não apenas o país do futuro, mas um potência no presente, exemplo a nossos irmãos capengas da América Latina.
Sabemos que mexer com nossa estrutura político-administrativa, corrupta e carcomida, é tarefa difícil até para Jesus Cristo, mas se a Itália conseguiu, país onde nem todos são “tuti bona gente”, porque não o Brasil?
E ainda dizem que sou pessimista!
José Roberto- 23/09/20
CONSIDRANDO O COMPROMETIMENTO DOS NOSSOS POLÍTICOS COM O NOSSO BRASIL, AS CHANCES DE REDUÇÃO, SERÃO "ZERO". INFELIZMENTE
ResponderExcluirO Congresso Nacional, as Assembleias estaduais e as Câmaras municipais já não mais representam o povo, ou seja, ninguém a não ser a eles mesmos. E como dito no texto é um número excessivo de pseudos-representantes. E este é o maior problema político brasileiro. Dificílimo de resolver, pois está nas mãos das "raposas que tomam conta do galinheiro."
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