QUARENTENA- DIA 182- MAIS MOLEZA PARA IGREJAS
Uma das coisas que mais me aborrece com relação a postura de
nosso Presidente, é a ligação umbilical que tem com as igrejas evangélicas.
Se tenho nojo e vergonha da relação de subserviência de
alguns ministros do STF para com seus padrinhos, sinto também um certo asco ao
ver Bolsonaro bajulando esses bispos de araque, biliardárias que exploram a
credulidade dos pobres e incultos, vivendo no luxo e riqueza.
Como normalmente durmo mal e acordo sempre de madrugada,
fico zapeando na TV, fixando alguns minutos nos canais que transmitem programas
evangélicos, só para constatar a cara de pau de pastores que vendem água sagrada,
afastam a inveja, maus olhados, curam alcoolismo com o fogo de Israel, enfim,
loteiam o céu mediante módicas contribuições aceitas até por cartões de
credito. Alguns pastores tem o desplante de fixar limites no valor das “doações”
e o número de prestações, pois para chegar aos céus temos que fazer por
merecer.
Essas igrejas já tem isenções que fazem inveja a nós,
contribuintes extorquidos pelo fisco, pois não pagam imposto de renda, são
isentas de impostos na compra de bens e serviços, uma beleza, pois pastores e
bispos compram carros, casas, aviões e o caralho, em nome da igreja, e não
pagam um tostão de imposto.
Pagam apenas a CSLL- Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido,
o que não deveria acontecer, pois em tese, igrejas não deveriam dar lucros, mas
na prática, são cornucópias que geram grana aos bilhões, enriquecendo os
sabidos que fundaram essas instituições.
Temos visto,que alem de todas essas concessões despudoradas
e ofensivas aos pagadores de impostos, as igrejas são verdadeiras oficinas de
lavagem de dinheiro, principalmente após a eleição de bancadas de “crentes” em governos municipais, estaduais e no Congresso,
que em bloco, lutam gananciosos por ainda mais benefícios.
Devem bilhões pelo não pagamento da CSLL e por multas,
conseguindo com a bancada poderosa, enxertar o perdão dessas dividas em outro
texto aprovado, que nada tinha a ver com o assunto, o famoso “jabuti”.
Bolsonaro, atendendo recomendação da área econômica, vetou o
perdão, bagatela de mais de 1 bilhão. Todavia, para meu desgosto e acredito, de
muitos outros, através de suas redes sociais, deixou claro, que se fosse
congressista, votaria para derrubar o veto.
Não é procedimento que se coadune com nosso maior
mandatário, eleito pela maioria do povo que confiou em suas promessas.
Essa subserviência aos fajutos arautos da fé, nos deixa
envergonhado, pois Bolsonaro pode ser tosco, grosso, mal educado, mas não é
burro a ponto de não perceber a vida nababesca que levam esses bispos e
pastores, que pregam a simplicidade e praticam o oposto de seus verborrágicos e
enganadores sermões.
Nosso Presidente ainda não se tocou, que em matérias controversas,
quanto menos falar, deixar de dar opiniões espontâneas e impensadas, menos
munição dará a seus inimigos que ficam a espreita, aguardando a menor
escorregadela para bombardeá-lo.
Será que algum dia vai aprender?
José Roberto- 15/09/20
Calar a boca o Bolsonaro não vai nunca.Pois, pau que nasce torto morre torto. E você tem toda a razão quanto a farra "de$$a$ "igreja$$$$$$$$$$".
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