A TETA DAS FILHAS DAS SOLTEIRAS
Peguei a notícia pela metade no rádio do carro, mas os
valores mencionados chamaram minha atenção.
Num país onde prevalecem as mamatas , para a malandragem esperta
que criou os sangradouros nas contas públicas, de uma dessas tetas ainda jorra
o leite que pagamos com nosso suor.
Até hoje custeamos a felicidade de 52 mil pensionistas
federais, filhas solteiras de funcionários públicos e militares, que consomem
quase 5 bilhões/ano dos cofres públicos.
Essa aberração foi criada em 1958 por Juscelino Kubitschek,
nos delírios da construção de Brasília dentre outras besteiras desse venerado
mineiro e extinta em 1990, mantendo todavia o direito de quem já se beneficiava
da mamata.
De acordo com dados do TCU, apenas
nos meses de novembro e dezembro de 2019, as pensionistas receberam 630,5
milhões(uiuiuiui). Uma felizarda recebeu em novembro 233, 4 mil e diversas
outras na faixa de 52 mil, nada mal para essas filhas bem aventuradas.
Para receber essa grana fácil, as filhas tem que jurar que
continuam solteiras, apesar de terem filhos, viverem amancebadas, só não
casando no papel e o governo acredita.
Em 2016, o TCU alterou as regras vigentes, exigindo que as
filhas sortudas comprovassem a necessidade de receber a grana fácil, cancelando
milhares de benefícios. Berrando com bezerras desmamadas, as filhas recorreram
ao STF, que generosamente cancelou a decisão do TCU, mantendo a moleza.
Essa mesma aberração acontece no funcionalismo estadual e
para variar, o estado do Rio de Janeiro é o que tem o maior numero de filhas
sortudas pensionistas, 31 mil, que custam 600 milhões anuais ao estado(falido).
São Paulo vem em segundo, com 15 mil pensionistas recebendo
pensões com valores médios bem superiores aos do Rio, custando aproximadamente
500 milhões/ano.
É um tanto injusto, mas tenho que citar uma pessoa conhecida,
atriz bem popular que suga essa tetinha sagrada. Maitê Proença, filha “solteira”
de um procurador estadual, que recebe 24,6 mil mensais. Teve uma filha e viveu
12 anos com o empresário Paulo Marinho, passou mais um tempo amancebada com o
cineasta Edgar Moura de quem já separou e vai curtindo amizades coloridas,
feliz com a pensão de “filha solteira”.
Independente dessa conversa mole de direito adquirido, essa
pensão vergonhosa deveria ser extinta de imediato, pois alem da brutal economia
aos cofres públicos, constitui-se numa afronta aos trabalhadores do Brasil, que
contribuem 35 anos ou mais, para que apenas suas mulheres e filhos menores ou
com necessidades especiais, recebam valores insignificantes.
A nova Previdência que já está em vigor, vai reduzir ainda
mais as pensões das viuvas e filhas dos trabalhadores comuns.
E viva o país das exceções e mordomias, onde uns são mais
iguais que outros.
José Roberto- 07/02/20
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