UM ANO A MENOS
No último texto do ano, sempre faço um retrospecto dos
principais acontecimentos que mereçam algum destaque, embora alguns se percam
nos escaninhos repletos e confusos de minha memória.
No balanço geral fico em dúvida se o saldo ficou ou não no
vermelho, pois comecei o ano com problemas na vista esquerda, sanados
parcialmente, mas prejudicando a noção de profundidade, e o mais grave,
praticamente arruinando minha devastadora categoria no tênis, pois de predador
me transformei em presa fácil, para gáudio de meus “traiçoeiros” adversários.
O médico garante que com o tempo meu cérebro se adaptará e a
visão geral vai melhorar.
Mas que tempo? Com quase 75 nas costas tenho que aproveitar
o que resta do meu vigor físico, ainda bem razoável, mas até quando?
Lamurias a parte, tenho que ressaltar os aspectos positivos;
com a família bem no geral, aumentando com a chegada de Otávio, o bebê mais
bonito do Rio de Janeiro, com os ótimos finais de semana, perdendo no tênis,
mas nos dias chuvosos ganhando na sinuca, enfim aproveitando as opções
palatáveis e acessíveis nesse ano que
termina.
Recebi de amigos textos maravilhoso sobre como aproveitar os
anos que nos restam, viajando, gastando nossas economias com prazeres mundanos
e toda uma sorte de sugestões que ficam lindas no papel, mas difícil de serem
concretizadas, pois temos raízes, filhos e netos que precisam de nossa
companhia e do nosso carinho.
Dentro das possibilidades físicas e materiais, temos que
dosar lazer, prazer e família, sem exageros, com a sabedoria que deveríamos ter
com nossa idade provecta, mas falar e escrever é fácil, complicado e aquilatar
as justas medidas e proporções.
Lamento não ter estado mais com os queridos amigos
distantes, não ter compartilhado mais da presença dos queridos irmãos, pois a
rotina obsessiva posterga nossas decisões, que se acumulam até tornarem-se
praticamente inexequíveis por questões temporais.
O tempo, sempre o tempo!
O tempo é nosso aliado e talvez o pior inimigo. Fazendo uma
analogia, podemos considerar que nosso tempo seja medido numa régua. A cada ano
chegamos mais perto do final da escala.
Rezo para que a escala de minha régua e de meus entes
queridos seja bem fracionada, repleta de “risquinhos”, para que anos generosos
frutifiquem em nossos corações.
Apesar dos pesares, das alegrias e tristezas, estamos
fechando mais um ano no calendário(na régua) de nossas vidas.
Que essa nova década que se inicia, traga bons ventos para
todos nós.
Um feliz 2020 para todos.
José Roberto- 30/12/19
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