RIO QUE ME FAZ CHORAR
Moro no Rio de Janeiro há quarenta e um anos, mais da metade
de minha vida e me sinto quase um carioca, não fosse o sotaque caipira de
Piracicaba, impossível de disfarçar.
Não que tenha perdido minhas raízes com São Paulo, mas a
base de minha família esta assentada no Rio, minha caçula é carioca, meus adoráveis
netos são cariocas.
Infelizmente, tanto a cidade quanto o estado não vem sendo
feliz na escolha dos prefeitos e governadores.
Nosso alcaide Crivela, é uma figura manjada, bispo de araque
envolvido na nossa suja política há muitos anos.
Como prefeito tem sido uma desgraça, talvez o pior da
história, batendo até Saturnino Braga que chegou a decretar falência da cidade.
O Rio está em petição de miséria, com ruas e avenidas
esburacadas, hospitais sem médicos e recursos, camelôs espalhados por todo
canto vendendo mercadorias roubadas e mendigos nas portas dos bancos, dos
supermercados, enfim, um total abandono.
As estatísticas encomendadas dizem que o crime, os roubos e
assaltos diminuíram, mas são poucos os que ousam andar pelas ruas a noite,
frequentar parques e jardins após escurecer, tanto assim, que bares e restaurantes
fecham as pencas por falta de clientes.
A cidade já não é mais tão maravilhosa.
Para completar, nosso governador Wilson Witzel, é um bufão
pomposo, uma besta quadrada, um desconhecido eleito na onda Bolsonaro
aproveitando a rejeição ao metidinho Eduardo Paes, personagem envolvido no
pastelão “cabralesco” da Farra dos Guardanapos(Paris).
Se um é ruim, o outro é péssimo.
Essa famigerada dupla está conseguindo degradar a cidade e o
estado, que não oferecem as mínimas condições de segurança, saúde e educação.
O exemplo do caos que atravessamos pode ser visto nos
noticiários locais apresentados pelas TVs.
De manhã, incursões da PM nas favelas, trocas de tiros entre
traficantes e milícias, roubos de cargas filmados ao vivo com a policia sempre
chegando atrasada;
Na hora do almoço, cenas que se repetem diariamente, filas intermináveis
na porta dos hospitais, falta de médicos, remédios , equipamentos, a verdadeira
porta dos infernos, com doentes condenados aguardando a morte lenta e certa.
A noite, um balanço dos mortos, tanto policiais quanto
bandidos, sem esquecer o grande número de inocentes abatidos por balas
perdidas, disparadas pela polícia ou pelos traficantes, com a tendência dos
moradores locais culparem sempre os policiais.
Um desfile de horrores divididos em etapas que mostram a
dura e crua realidade daquela que foi chamada de “cidade maravilhosa”, mas que
vem perdendo seus encantos devido a incúria, falta de capacidade e corrupção de
seus governantes.
Ano que vem teremos eleição para prefeito e as perspectivas
não são favoráveis, pois os candidatos serão os mesmos; Crivela o traste,
Marcelo Freixo do PSOL, um espertalhão e perigoso vermelho que apoia somente
direito dos bandidos; o manjado safadinho Eduardo Paes e quem sabe, um heroico
salvador da pátria para acabar com triste sina que recaiu sobre a cidade.
José Roberto- 03/11/19
Acho que não tenho muito para comentar ,vc já disse tudo
ResponderExcluir