O FORO DOS PRIVILEGIADOS
Ao menos os dez por cento pensantes da população brasileira,
tem aversão ao foro especial, uma excrescência enxertada por corruptos em nossa
Constituição.
Os danados que bolaram o esquema e o incluíram na carta
magna de 1988, sabiam que processos encaminhados ao STF, principalmente
envolvendo “suas excelências” , mofavam nos escaninhos do órgão, dormitando
esquecidos até caducarem por decurso de prazo.
Com os ventos moralizantes do Mensalão e do Lava-Jato, o número
de corruptos que procuraram o escudo protetor do foro especial multiplicou-se
por mil, enquanto os julgamentos e condenações conforme previsto pelos
malandros, continuou estabilizado no marco zero.
A grita popular instigada pelos dez por cento, motivou o povão
que cerrou fileiras contra esse manto de impunidade, em vista da magnitude dos
roubos perpetrados contra os cofres públicos e dos males que causaram ao país.
Quando o próprio Supremo, envergonhado por sua incompetência
e imobilidade tenta reverter o assunto, mesmo depois de um pedido de vistas
suspeito do ministro Alexandre de Moraes, garoto de recado do Temer,
paralisando o processo por um longo período;
Quando já estava tudo praticamente decidido por 7 votos favoráveis
a extirpação da excrescência;
Toffoli, ex-office
boy do PT, agora provavelmente engajado com a curriola do PMDB, pediu vistas
novamente, impedindo a publicação do acórdão, que reduziria sensivelmente os
beneficiários dessa mamata, alegando com cara de merda e justificativas toscas,
que o assunto está sendo tratado pelo
Congresso.
Diante do evidente despreparo e compadrio de alguns ministros
do Supremo que a cada dia se tornam mais
evidentes, caso do próprio Toffoli, Lewandoviski, Gilmar Mendes, Alexandre de
Moraes e até mesmo Fachin, alem de acabar com o foro privilegiado, o país
precisa rever com urgência a forma de indicação dos futuros ocupantes da nossa
mais alta corte.
Não podemos permitir que uma indicação dessa importância
fique a cargo de apenas uma pessoa, mesmo que seja o Presidente da Republica,
em alguns casos suspeito de envolvimentos em atos de a corrupção, tendendo a
indicar apadrinhados para garantir uma blindagem futura.
O nó da questão será de como resolver assunto de tal
magnitude com um Congresso enlameado, com a maioria absoluta de seus membros
envolvidos em crimes de todos os tipos e espécies.
Nó que só poderemos desatar com uma renovação total, tarefa
praticamente impossível, pois são os
atuais picaretas que comandam as eleições e processos sucessórios.
Não há luz no fim do túnel.
José Roberto- 24/11/17
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