UM LEMBRETE, NO ÚLTIMO DIA DO NOVEMBRO AZUL.
AINDA HÁ TEMPO!!!
A PRIMEIRA DEDADA
Da primeira dedada a gente
nunca esquece!
Todas as vezes, quando aproxima o momento fatídico do chek-up anual,
começo a sentir calafrios, com aquela voz repetindo insistente na minha cuca,
“esse ano passo em branco, escapo da cutucada”.
Mas como “quem tem cu tem
medo”, sucumbo ao “cagaço” e como um pobre cordeiro prestes a ser imolado, me
entrego as mãos do carrasco(ou melhor dizendo, aos dedos).
Não existe humilhação maior
para um homem(espada), que o apavorante exame de próstata.
A vergonha começa na sala de
espera do consultório, quando um infeliz olha para a cara do outro tentando
disfarçar, fazendo de conta que está ali só para mostrar um exame, uma ultra-sonografia,
ou qualquer outra coisa mais leve.
Todos com o mesmo sorriso
amarelo de fingimento, evitando conversas, cabisbaixos, macambúzios, como gado
entrando no matadouro.
Numa dessas tristes ocasiões,
meu filho me acompanhou para levantar minha moral e garantir a realização do
exame, pois estava recalcitrante.
Quando entramos na sala do
Dr. Eros(o nome do desgraçado já era um acinte), o simpático doutor tentou me
tranqüilizar, dizendo que o exame seria rápido e indolor.
Em seguida passamos para uma
salinha ao lado, separada apenas por uma divisória que não chegava ao teto. Meu
filho ficou do outro lado aguardando os acontecimentos.
Desprovido de minhas calças e
com as partes baixas a mostra, o médico pediu para que eu colocasse as pernas
em dois suportes laterais elevados, de modo que meu fiofó ficasse totalmente
exposto e arreganhado, para que o sádico tivesse uma visão ampla e total do meu
tão preservado buraco.
Calçando uma luva e
besuntando o maior dedo com vaselina, pediu gentilmente para que eu relaxasse.
O efeito imediato foi
justamente o contrário.
Travei o breoco de uma forma
que não passava nem pensamento.
O danado veio com uma
conversa mole e num momento de distração, senti aquela ferroada insuportável. O
ato estava consumado.
Com o dedão em minhas
entranhas, apalpava e apertava minha próstata, dizendo que o tamanho estava ok,
a elasticidade idem, que não havia nódulos e continuava apertando e falando sem
parar.
O estupro pareceu durar uma
eternidade.
Quando terminou foi aquele alívio,
como se tivesse defecado uma jaca.
Já com as calças no devido
lugar, voltando à outra sala, deparei com meu filho aos risos, gozando dos meus
gemidos e lamentos.
Ele riu, porque ainda não
sabe o que o espera daqui há alguns anos.
Quando finalmente você é
liberado, passando pela sala de espera com o andar claudicante, como se
estivesse assado ou mesmo cagado, todos olham de um jeito desconfiado,
imaginando os estragos causados e com medo, pois sabem que sua hora esta
chegando.
Depois dessa violenta
agressão ao pavilhão retofuricular, fico ao menos por uma semana com dores e
fisgadas no baixo ventre, que não me deixam esquecer o sádico Dr. Eros.
Em represália, esse ano já
arranjei outro médico, pois não estava satisfeito com o nome, com a conversa e
o tempo gasto para futucar minhas entranhas.
O felizardo foi o Dr. Luiz
Nahar, filho do médico(já falecido) que me pegou de jeito pela primeira vez,
quando ainda era virgem na traseira.
Fui consultá-lo por suspeitar
de pedras nos rins e o velho confirmando o problema, não perdeu a oportunidade,
calcando o dedão no meu fóba.
O velho tinha um dedo médio
respeitável. Dizem que foi difícil acomodá-lo no caixão.
A escolha do filho só pode
ser justificada por tendências masoquistas do meu subconsciente.
Com o avançar da idade e com
a obrigação vexaminosa de submeter-se a essa agressão invasiva anual(com trocadilho),
fica difícil preservar o “status quo”da prega rainha e das pregas auxiliares.
No catálogo dos
proctologistas, alem da qualificação técnica, o Conselho de Medicina deveria
exigir que constasse fotos, com o tamanho e espessura dos dedos.
Dessa maneira poderíamos
caprichar na escolha, zelando e causando menos estragos a nossas partes
intimas.
Por essas e outras que
respeito os gays e enrustidos, que gostam de “agasalhar o croquete”.
Pô, os caras são machos pra
caralho, pois submetem-se ao sacrifício com prazer.
Gosto não se discute, cada um
na sua, sem críticas maledicentes.
O cerne da questão, é que da
primeira dedada a gente nunca esquece. Ou arrepia de dor ou gama.
Todo cuidado é pouco!
José Roberto- 28/01/10
TEXTO RECUPERADO DO TERRA
BLOG OPINIÃODOZE.
ESSE TEXTO PUBLICADO HÁ CINCO
ANOS, FOI COPIADO E REPRODUZIDO EM DOIS SITES DE VENDA DE MATERIAL ERÓTICO, COM
GRANDE SUCESSO, POIS HOUVE CENTENAS DE OPINIÕES DE MÉDICOS E LEIGOS SOBRE ESSE IMPORTANTE E TERRÍVEL EXAME.
José Roberto- 04/11/15