QUANDO O PERIGO NOS RONDA
Moro no Rio há 39 anos e devo ser um dos raros sortudos que
ainda nunca foi assaltado, graças ao meu “Agnus Dei” inseparável, ao meu anjo
da guarda e a desconfiança normal de um caipira que passou a morar em cidade
grande.
Já presenciei assaltos, escapei de tiroteio de briga entre
camelôs no centro da cidade, onde uma bala perdida acertou uma pessoa na
barriga; outra ocasião, na Praia do Flamengo, parado no sinal e vendo o carro
atrás do meu sendo assaltado por dois bandidos, sentindo que seria o próximo,
mesmo com o sinal fechado empurrei o carro que estava na minha frente,
avançando o sinal e escapando dos assaltantes. O motorista da minha frente,
deve ter percebido e facilitou nosso escape.
E assim vamos vivendo na cidade maravilhosa, sempre preocupados, atentos e cautelosos, pois
a violência aumentou de forma significativa nesses últimos tempos e quem bobear
dança.
Até pouco tempo atrás cenas de violência ocorriam
principalmente nas cidades do entorno e em alguns bairros distantes. A zonal
sul, bem policiada era um relativo oasis de tranquilidade..
Atualmente, com a polícia omissa e amedrontada pelos
canalhas dos direitos humanos que só defendem os bandidos, a violência chegou e
se instalou de vez na zona sul, com assaltos e arrastões constantes, com os
criminosos impondo a lei da selva e humilhando os cidadãos.
Transitar pelas ruas mesmo durante o dia, com brincos
chamativos, colares, relógios de grife, é uma ostentação que normalmente custa
caro, pois de uma esquina surge inesperadamente um “di menor” e sua gangue, que
lhe arrancam seus bens com brutalidade e destemor, fugindo ma maior
tranquilidade, pois a polícia e a guarda municipal são totalmente ausentes.
Sexta-feira passada, levava minha mulher ao cabeleireiro próximo
ao Ponto Frio de Ipanema, entre as ruas Visconde de Pirajá e Henrique Dumont, e
minha filha Maria Silvia, que iria fazer as unhas no Shoping Leblon.
Após deixar Regina em frente a Loja, continuando em direção
ao Shoping, comentei com minha filha, que aquela loja do Ponto Frio já havia
sido assaltada 17 vezes, conforme nota publicada dias antes na Coluna do
Ancelmo.
Brinquei inclusive, que diante da frequência de assaltos,
deveriam deixar camuflado um atirador de elite para liquidar os bandidos assim
que adentrassem na loja.
Estava adivinhando, pois quando minha mulher voltou para
casa, contou que escapou por pouco do tiroteio e de alguma bala perdida, pois o
Ponto Frio estava sendo assaltado pela Décima Oitava vez, justamente no momento
que passava defronte a loja.
Disse que escutou ao menos 5 tiros, escafedendo-se
rapidamente do local. Graças a Deus
ninguém foi atingido, nem seguranças,
nem transeuntes e infelizmente nem os bandidos.
É terrível essa sensação de insegurança, pois não estamos
livres de uma tragédia nem mesmo nos locais de movimento intenso, no coração da
zona sul, pois os bandidos cada vez mais ousados riem da policia inoperante.
Até mesmo as Forças Armadas que vieram ao Rio para acabar
com a bandidagem sumiu, não dá as caras.
Nossos valentes soldados devem estar bem quietinhos nos quartéis,
procurando a tal “Inteligência” tão propagada pelo Ministro falastrão, pois
quem manda mesmo na cidade são os traficantes, trombadinhas, trombadões, e
assaltantes de diversas especialidades, pois os produtos roubados são
comercializados descaradamente pelos camelôs, que também tomaram conta das ruas
e avenidas.
Infelizmente estamos sitiados.
A insegurança bate em nossa porta.
O Rio é hoje uma cidade sem lei, sem prefeito e sem
governador.
José Roberto- 12/09/17
Pois é, como incentivar o turismo no Rio de janeiro? Amigos de São Paulo, cidade que também temos de estar atentos o tempo todo, não querem nem saber do Rio de Janeiro. Infelizmente, enquanto perdurar o pensamento esquerdista no Brasil a situação estará assim ou pior.
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