O MELHOR NEGÓCIO DA PRAÇA

O MELHOR NEGÓCIO DA PRAÇA

Estava em dúvida sobre qual o melhor negócio: fundar uma igreja ou um partido político?

Isenções de todos os tipos de impostos ambos já possuem, mas fazendo uma pesquisa superficial, acredito que o ramo das igrejas esteja um pouco saturado e com concorrência brava em busca dos fiéis dizimistas, pois em média, são abertas 14 mil igrejas evangélicas por ano, sem contar terreiros de umbanda e similares.

Não é a toa que pastores e bispos fajutos já lotearam o céu, inventaram águas e fogos milagrosos, encenaram milagres e curas ainda mais milagrosas, pois o embate e duro e nesses tempos difíceis o dízimo anda curto.

Por outro lado, com os partidos políticos não há tempo ruim.

Dá um pouco mais de trabalho, coletar assinaturas, falsificar milhares delas, prometer abrir diretórios em diversos estados e finalmente esperar a homologação do Tribunal Superior Eleitoral, que finge ter analisado todos os requisitos e aprova o surgimento de mais um partido nanico que não serve para nada.

Opa!!!

Me enganei redondamente afirmando que esses partidecos não servem para nada.

Servem muito bem aos malandros fundadores, que desde o “nascimento” já passam a mamar nas tetas do fundo partidário.

Alguns milhõeszinhos para torrar a cada ano, obviamente gastos com a família, todos participantes do “atuante” diretório do partideco, que ainda de lambuja, ganha um extra nos períodos pré-eleitorais, vendendo seus segundos na TV aos partidos maiores.

Para esses espertalhões o pior negócio seria a unificação dos pleitos, acabando com as eleições de dois em dois anos como ocorre atualmente, pois perderiam um rico filão.

Esses picaretas ainda tem o seu minuto de fama, pois enchem o nosso saco aparecendo nas propagandas obrigatórias na TV, alegando ser o partido que salvará o país, como se isso fosse possível.

Nossos políticos são mesmo uma excrescência, pois ao invés de coibir essa safadeza fazem justamente o contrário, impedindo a validade da “cláusula de barreira” e criando condições para que essa praga prolifere, enrolando tudo e fazendo de tudo para que tenham condições de se reeleger, embora sejam execrados pelo povo, ao menos pela parcela lúcida.

Como admitir  a existência de 35 partidos e de 68 que aguardam aprovação, um já saindo do forno?

Só mesmo num país de merda como o nosso, com políticos de merda e eleitores de merda, pois somos os responsáveis por esse esgoto fedorento que se tornou a nossa pátria, onde a corrupção e o oportunismo campeiam em todos os poderes.

Mesmo falido e estourando o “cheque especial”, o cambaleante malandro esquecido e ingênuo Temer, propôs um aumento de 10%(oitenta milhões) no fundo partidário para 2018, agradando a todos seus comparsas, inclusive os novatos que poderão surgir na parada.

Concluindo, por essas e outras desisti ser bispo. Acho que vou juntar uns amigos e partir para a formação de um novo partido, pois a situação esta braba e a verba curta.

José Roberto-04/09/17