E AGORA, DR. JANOT?
Queiro deixar perfeitamente claro que não estou defendendo o
esquecido, ingênuo e corrupto Presidente OB Temer, que é exatamente igual a
absoluta maioria dos políticos que tungam os eleitores e envergonham o país.
Mas sempre tive uma desconfiança desse Procurador Geral,
acirrada após conceder a carta de alforria geral para a dupla de manos safadões
e seus principais asseclas, os maiores bandidos e corruptores de nossa triste
história.
Comungo integralmente os pontos de vista de Carlos
Andreazza, editor de livros e articulista, que escreve semanalmente uma coluna
no jornal O Globo, sempre alertando sobre os propósitos sub-reptícios do
procurador Janot.
Em seu artigo publicado na última segunda feira, alertava
que Janot, empossado em setembro de 2013, demonstrava simpatia a tese lulista
do ex-Ministro Thomaz Bastos, segundo a qual “as empreiteiras deveriam assumir que formavam um cartel, para faturar
contratos com a petroleira e propor um acordo que lhes permitisse continuar
disputando obras públicas encerrando as investigações em troca de pagamento de
multa”
Essa era a aparente tendência de Janot, no período bem
inicial do Lava-Jato, pois Thomaz Bastos atendendo orientação de seu grande
amigo Mula, tentava colocar panos quentes nessa investigação, que se caminhasse
poderia colocar petistas em maus lençóis.
Esse torpe acordo só não prosperou, porque os petistas
tiveram o grande azar do processo ter caído nas mãos do juiz Sérgio Moro e pela
delação antecipada de Paulo Roberto Costa, então diretor de Abastecimento da
Petrobras, que relatou a gatunagem que fazia, repassando a maior parte do roubo
ao PP e uma porcertagem menor para o PT e PMDB.
Foi o balde de merda jogado no ventilador, dando força ao
juiz, aos procuradores e a policia federal, para ampliar as investigações de um
pequeno caso de um posto de gasolina que lavava dinheiro, transformando-o no
mais importante processo investigativo e condenatório da história de nosso
país.
Janot somente voltou a cena, sob as luzes da ribalta, após
fechar a delação premiada com a dupla Joesley/Wesley safadões e o palrador
Ricardo Saud, com as gravações incriminando Temer, Aécio e outros expoentes
corruptos, mas que estavam de ponta com o PT.
Mesmo com a suspeita imunidade total concedida aos perigosos
bandidos e delatores, Janot pousava de grande defensor da lei, da justiça e da
moralidade, até que os caipiras dedos-duros, cheios de manguaça, gravaram suas próprias
conversas acusatórias e obscenas, cometendo de quebra, a grande estupidez de
entregar essa gravação ao ministério público.
Assim, foram surgindo indícios que a história estava mal
contada, que um procurador, braço direito do Procurador Geral, havia dado uma ajudinha
a quadrilha, orientando sobre a melhor forma de fazer a “deduração” e talvez,
até a grampear o ingênuo Presidente e outros figurões corruptos do cenário
nacional.
Ainda há muito que se esclarecer quanto a atuação da
Procuradoria Geral nesse intrigante processo, pois mesmo após Joesley safadão
ter sido preso, Janot foi flagrado papeando com um dos advogados de defesa da
poderosa quadrilha.
Mesmo alegando uma simples coincidência, pegou muito mal esse
suspeito encontro.
O ex-procurador Marcelo Miller, que jogava nos dois
lados(com bandidos e mocinhos), sentindo que está com a corda no pescoço,
sugeriu que o Procurador Geral seja ouvido, para clarear sua atuação dentro
desse controvertido e escuso processo de delação.
Toda essa história esta muito mal contada e o Sr. Janot têm
muito a esclarecer.
Se não tomar cuidado, vai acertar uma flecha no próprio rabo.
José Roberto- 14/09/17
São todos uns canalhas!
ResponderExcluirNunca a "dupla caipira Batista" sem uma imensa ajuda de alguém muito, mais muito poderoso. De quem a dupla é "laranja"? Ninguém me convence que somente eles são os donos de tão poderoso império econômico-financeiro, formatado em tão pouco tempo, ou seja, menos de quinze anos.
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