O DECANO
Até o julgamento do Mensalão, tinha alguma admiração pelo
Ministro Celso de Mello, que aparentava apoiar a cruzada do Presidente do STF
Joaquim Barbosa, contra a quadrilha petista que havia corrompido ainda mais
nosso carcomido Congresso.
Celso de Mello falava bonito, classificando a roubalheira do
Mensalão como crime hediondo, metendo o cacete com gosto nos petistas nojentos
que faziam parte dessa grande conspiração de lesa pátria.
Mas na hora H, quando se discutia a revisão das penas da
canalhada petista, com seu voto de desempate, abriu a pernas para os corruptos,
facilitando o trabalhos de Toffoli, Lewandovisk e companhia, que deram um
jeitinho de amenizar as penas dos safados.
A atitude de Celso de Mello me fez lembrar da história que
um contador já falecido costumava repetir: “Ele conhecia um fiscal da Receita
Federal e sempre dava um jeitinho para que o dito cujo inspecionasse algumas
empresas enroladas, que estavam sob sua responsabilidade. Esse fiscal escrevia
um auto de infração esculhambando a empresa e seus dirigentes, metendo o cacete
em suas práticas contábeis, enfim, falando mundos e fundos, mas no final,
aplicava uma multa de valor simbólico que deixava todos satisfeitos, zerando a
situação fiscal da empresa”.
Essa tem sido a toada do “Decano”, finge que é duro, mas
sempre dá um jeitinho de votar de forma marota, ficando em cima do muro, talvez
procurando evitar desgastes.
Chegou a suspender mandado de prisão contra um criminoso que
matou e enterrou a mulher, já condenado em segunda instância, contrariando
entendimento do próprio STF, justificando seu ato com um longo e melífluo
parecer, numa das raras ocasiões em que se expôs com seu ato temerário.
Chamado a relatar o “Caso Angorá”, flagrante manobra do
engomado Presidente Temer para blindar seu amigo Moreira Franco com o foro
privilegiado, novamente frustrou as expectativas dos brasileiros honestos,
mantendo o “Bichano” como ministro e lhe garantindo as regalias do foro
especial,
Obviamente justificou sua posição com um longo e detalhado
arrazoado, citando leis, Constituição e a famosa presunção de inocência de um
político que todos sabem, deve ter perdido a inocência logo que saiu do berço.
E assim o “Decano” vai enrolando, fingindo ser aquilo que
não é.
Está mais que na hora do Ministro pegar o boné e voltar para
Tatuí(achava que ele era mineiro).
José Roberto- 16/02/17
So decepçao
ResponderExcluirEste "Gato Angorá" não é mole não. As denuncias contra ele começaram em 2003 com a operação ANACONDA. há mais de 13 anos e o seu filho Pedro Moreira Franco, foi de trainee a diretor na Odebrecht, do empreiteiro Marcelo Odebrecht; coincidência número 1: nesse período a Foz do Brasil, que pertence ao grupo, recebeu um aporte entre R$ 400 milhões e R$ 500 milhões do FI-FGTS, que era pilotado pelo ministro; coincidência número 2: nesse mesmo período, a Embraport, também da Odebrecht, recebeu aporte de R$ 450 milhões.
ResponderExcluirFoi de trainee a diretor em cinco anos.
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