JUSTIÇA PARA TODOS, INDISCRIMINADAMENTE.
Como a delação premiada dos principais executivos da
Odebrecht, inclusive de seu presidente que dizia desprezar dedos duros,
políticos do país estão se borrando, sujando as calças, lamentando que a Anvisa
tenha proibido a comercialização do IMOSEC, um tapa rabo de primeira.
Quando a relação de “mamadores” envolvidos vier a tona, vai
sobrar pouco do Congresso, o estrago vai
ser grande.
Todavia o alcance da merda atirada no ventilador será
imenso, vai espargir sobre ministros, ex-ministros, governadores,
ex-governadores, prefeitos, ex-prefeitos e até alguns vereadores, todos que
acreditavam estar acima da lei, certos da impunidade, contando com a morosidade
da justiça, a leniência dos juizes e com a aberração do foro privilegiado.
Se o Mensalão foi um “forte ressaca”, o Lava-Jato foi um
“tsumani” com ondas imensas, engolfando políticos e empresários poderosos, fato
inusitado em nossa história.
Sentindo que a hora “H” está chegando, políticos tramam nos
bastidores, procurando inventar leis e decretos que aliviem suas gatunagens,
criar dispositivos que os impeçam de serem julgados por crimes cometidos no
passado.
Simulam propor uma legislação dura, criminalizando caixa
dois e assemelhados com penas mais elevadas, porem, impedindo-a de ter efeito
retroativo, aplicando uma lógica maliciosa prevista para caso de tributos e
outros dispositivos, totalmente diferente dos delitos cometidos por esses
malandros.
Um time de corruptos de primeira linha, capitaneados pelo
Cachaço Renan Calheiros, pelo líder do governo na Câmara, André Moura, por
Romero Jucá e outros, que já respondem a dezenas de processos que dormitam no
STF, buscam artifícios legais para blindar seus mandatos, mantendo os
privilégios que manterão suas impunidades, pois o Supremo é um cemitério de
processos que caducam por decurso de prazo.
Mesmo assim, no afã de se proteger , chegam a propor algumas
providências oportunas, como a instalação da Comissão para averiguar
super-salários nos três poderes, pois sabidamente, tanto no Legislativo como no
Judiciário, a lista de marajás que recebem acima do teto legal e imensa e
secreta, disfarçada com nomenclatura diversionista, tais como férias
indenizadas, auxílios moradia em atraso, etecetera e tal.
Até mesmo a Comissão que elabora a reforma do código penal,
acatando sugestão dos Procuradores e Juizes da Lava-Jato, explicitando e
tornando mais duras a penas pelos delitos que induzem ou favorecem a corrupção,
houve por bem incluir dentre esses dispositivos, um adendo. permitindo esse
mesmo rigor aos membros do judiciário, evitando que juizes e procuradores se
considerem super-homens, excedendo os limites de sua competência.
Houve uma gritaria geral do judiciário, porem é bom
refrescar a memória, lembrando do caso recente de um grupo de jornalistas do
Paraná, revelando em seus artigos salários de procuradores muito acima do teto,
que em represália, entraram com processos em inúmeras cidades espalhadas pelo
estado, infernizando a vida dos jornalistas, até serem barrados por decisão do
STF.
É obvio que o procedimento desses procuradores do Paraná,
denigrem a categoria, demonstrando um procedimento abusivo e desrespeito ao
direito a liberdade de imprensa, tentando amordaçar jornalistas na base da
intimidação e do desgaste físico e financeiro.
Portanto, com o devido cuidado, a revisão dos procedimentos
anti-corrupção deve ser efetiva e forte, inibindo tentativas futuras, porem
deve ser estendida a todos, sem exceção.
José Roberto- 14/11/16
Nenhum comentário:
Postar um comentário