A PENÚRIA DO RIO DE JANEIRO
Moro no Rio a trinta e oito anos, a maior parte de minha
vida.
Sou um carioca caipira honorário, adoro a cidade, as brisas
das praias da zona sul , o leve cheiro de maresia e a descontração do povo.
Como sempre digo aos amigos, “não fazer nada, coçar o saco,
nada melhor que o Rio de Janeiro”.
Todavia nos últimos anos a situação está mudando.
No rosto alegre dos cariocas notam-se rugas de preocupação.
As praias já não são mais locais seguros de relaxamento,
prazer, deleite para os olhos, mirando as incontáveis “garotas de Ipanema”.
Os banhistas, saboreando o tradicional mate gelado e roendo
biscoitos Globo, não escondem uma leve ansiedade, temendo os horripilantes
“arrastões”, que nossa frágil polícia não consegue evitar.
Até mesmo eu, que graças a Deus, ao meu poderoso Anjo da
Guarda e ao inseparável Agnus Dei nunca fui assaltado, pois caipira esperto em
cidade grande sempre é ressabiado, ando preocupado, pois a situação está se
deteriorando a passos largos.
O número de furtos e assaltos aumentou significativamente.
Arriscar uma ida ao centro da cidade e voltar ileso,
equivale a ganhar na loteria.
Mesmo na zona sul, antigamente bem policiada, os
trombadinhas e assaltantes fazem a festa.
Sem mencionar os crimes estúpidos, bárbaros e
injustificados, cometidos por traficantes que ceifam vidas inocentes em suas
disputas territoriais.
O Estado falido não tem recursos para equipar a policia,
faltando dinheiro até para manutenção e gasolina dos veículos.
Escutei ontem uma estatística vergonhosa, confirmando que na
cidade e em seus arredores, a cada hora um caminhão de carga e assaltado,
preferencialmente os que transportam eletrônicos e até mesmo caminhões
frigoríficos.
Como chegamos a esse deplorável estado de insegurança total?
Começou nos governos Brizola, que proibiu a PM de subir os
morros, entregando o controle dos mesmos aos traficantes,
Piorou com Garotinho e Rosinha, que fecharam os olhos e
deixaram os bandidos a vontade, gerenciando seus redutos.
Com Cabral, quando a situação parecia que iria melhorar,
graças ao destemor de um ótimo Secretário de Segurança, que bolou e implantou o sistema de ocupação e
pacificação das favelas(UPP), o que era bom durou pouco, novamente por falta de
grana, equipamentos e policiais treinados.
Sérgio Cabral em seus quase oito anos de governo quebrou o
estado do Rio de Janeiro, com desonerações e benefícios fiscais suspeitíssimos,
com o superfaturamento de obras e com empréstimos lastreados com garantia de
royalties futuros do petróleo, comprometendo de forma praticamente
irrecuperável a arrecadação e a saúde financeira do estado.
Quem realmente governou durante seu mandato foi o vice
Pezão, uma toupeira, um burro de carga e pau mandado, curto de inteligência,
que apenas cumpria ordens, enquanto o chefe se esbaldava nos circuito Elizabeth
Arden(Paris, Londres e Roma), com o bom amigo Cavendish, dono da empreiteira
Delta, ganhando anéis e “otras cositas mas” de 800 mil mangos para cima.
Não dá para entender como esse crápula do Cabral continua
flanando por aí, livre, leve e solto, usufruindo de sua mansão em Angra dos
Reis e outras mordomias, vantagens e patrimônio adquirido com grana suja da
corrupção.
Quando é que um juiz peitudo aqui mesmo do Rio, irá decretar
a prisão preventiva desse safado, pois já foi dedado por muitos delatores,
inclusive o ex-amigo Cavendish?
O que estão esperando?
Funcionários públicos de todas as classes, com salários
atrasados e parcelados, sendo ainda ameaçados de descontos adicionais para
cobrir o déficit gerado por esse canalha e seu comparsa Pezão, anseiam por esse
desfecho.
Eu e muitos outros também!!!
José Roberto- 10/11/16
Muito bom Zé, uma insegurança geral na cidade maravilhosa!
ResponderExcluirInfelizmente, o Rio de Janeiro já deixou de ser "Cidade Maravilhosa" há muito tempo. Com certeza nossa geração não mais poderá aproveitar a cidade como no passado. Hoje, para minha família nem o Rio 40 graus gostamos mais. É simplesmente horrível o verão com esta temperatura no Rio de Janeiro e existem praias muito mais bonitas e melhores em inúmeros lugares do Brasil. Cidade maravilhosa só em fotografia. É uma pena!
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