CUIDADO, QUE A RECEITA FEDERAL TE PEGA!
Num momento em que o país atravessa uma fase terrível, uma
imensa e mal cheirosa crise política, estagnado, com desemprego e inflação
batendo à nossa porta, eis que o maganos da Receita Federal acharam um jeitinho
de inflar seus já elevados salários, conseguindo a aprovação de um decreto lhes
concedendo um adicional por produtividade.
Se esses sádicos já adoram perturbar a vida dos velhinhos
que gastam mais do que podem, com médicos, exames e remédios, com esse incentivo,
vão tornar nossa vida um inferno.
O interessante que sempre sobra para nós, contribuintes
medianos, que sofrem desconto de IR na fonte, tendo ainda que fazer o sofrido ajuste
anual, quando normalmente levamos mais uma cacetada.
Porque não dedicam esse grande apetite no exame das
declarações de políticos, artistas, autoridades e nos próprios funcionários da
Receita que demonstram riqueza aparente, fruto de altas gambiarras, a exemplo
do que ocorreu na operação Zelotes?
Porque não dedicam essa sanha arrecadadora, passando um
pente fino nas declarações dos escritórios de advocacia famosos, que estão
faturando milhões, defendendo políticos e empresários envolvidos no Lava-Jato?
Porque não investigam com potentes lupas, a situação fiscal
do ensaboado e corrupto Batráquio Mula e de seus filhotes bilionários,
descascando as laranjas através das
quais, esses sacanas corruptos escondem suas fortunas bilionárias?
Muito mais fácil correr atrás e perseguir velhotes que não
tem costas quentes, nem a quem recorrer, e que muitas vezes, intimidados, pagam
multas e adicionais indevidos sem questionarem, apenas para ficar livre desses
torturadores.
Não podemos concordar com o absurdo de se pagar adicional
pelo cumprimento de uma tarefa que faz parte das obrigações do funcionário, que
já ganha um ótimo salário para desempenhar corretamente suas funções.
O auditor da Receita, como qualquer outro funcionário
público, não pode ter privilégios.
Talvez estejam acostumados com a mamata, pois são
considerados de uma “casta superior”, tanto assim, que diferente de nós,
contribuintes que temos um limite ridículo para abater com despesas de instrução
dos dependentes, para esses sabichões, o limite não existe, abatendo o total
dos gastos.
Que porra de país é esse?
Sem dúvida, um país de desiguais; não apenas de ricos e pobres, mas de honestos e
espertalhões; de homens sérios e corruptos; de políticos e funcionários
públicos com privilégios e mordomias e de contribuintes cordeiros que pagam o
devem e também o que não devem.
Apesar dos ventos de moralidade que sopram de Curitiba,
difícil vislumbrar melhorias a curto e médio prazo.
Só nos resta tocar o barco, tentando sobreviver.
José Roberto- 31/03/16