PARA TODAS AS MÃES
Enquanto houver o Blog do Zé, jamais deixarei passar essa
data em branco.
Talvez meu texto seja repetitivo e piegas, pois não leio nem
recordo os anteriores, mas garanto que as palavras brotam do coração amoroso
de um filho, que reconhece e valoriza o lugar especial ocupado pelas mães em
nossas vidas.
Como explicar o amor incomensurável de uma mãe para com seu
rebento, o carinho intangível na primeira infância, os cuidados e temores na
adolescência, a eterna preocupação durante toda a vida?
O ventre que serviu de primeiro abrigo, o colo onde o
pequenino se alimentou, abrigou, dormiu e teve os primeiros sonhos, premido no
suave aconchego dos braços maternos, produzem uma química maravilhosa, essa
união que jamais será desfeita.
Tentar explicar o amor, o afeto, o carinho, o desvelo de uma
mãe para com o filho, é o mesmo que tentar tirar uma fotografia da alma.
Temos certeza da existência de ambas, mas enquadrá-las em
nossa dimensão é tarefa impossível.
O cordão umbilical, separado fisicamente no ato do filho ser
apresentado a família, jamais será rompido nas mentes e corações, principalmente
de um ser que se multiplica, oferecendo uma parte de si para perpetuação da
espécie e para as agruras do mundo.
Amor de mãe não tem idade, apenas um princípio que nunca
terá fim.
Impossível não lembrar de minha querida e valorosa mãe,
mulher de valor, que cursando apenas o primário tornou-se autodidata através da
leitura, cujo gosto soube transmitir aos filhos.
Tenho ótimas recordações de minha mãe, lendo em voz alta
para meu pai, que tranqüilo em sua rede, nem prestava muita atenção nas
palavras, deleitando-se apenas em curtir a presença de sua adorada “Lila”.
Impossível deixar de mencionar o carinho e a dedicação de
minha querida Rê para com nossos filhos, mulher corajosa e incansável, parceira
e incentivadora em todos os momentos, principalmente nos mais difíceis,
responsável direta pelo que de bom conseguimos em nossas vidas.
Impossível não se emocionar ao ver o olhar radiante de minha
querida netinha ao se reencontrar com a mãe, após os breves momentos em que
fica sob nossos cuidados.
O sorriso, nesses momentos mágicos já captei, mas impossível
fotografar a intensidade do olhar, que transmite a linguagem extemporânea da
alma.
Como não se emocionar ao ver o relacionamento maravilhoso
entre filha e neta, de uma jovem mãe que abdicou de uma carreira promissora
numa multinacional, para ser mãe em tempo integral, acompanhando a fase mais
importante e bela de sua filhotinha?
Como não se sentir tocado, ao presenciar quase todas as
tardes, durante o passeio com o inseparável Vick, a saída dos pequenos alunos
de uma pequena pré-escola pública, na Praça que apelidei “da macumba”,
correndo, com a alegria estampada nas faces, para o regaço de suas mães?
Como não lembrar com aquela saudade que dói no peito, de
nossas queridas mães que já cumpriram seu ciclo e hoje, zelam por nós lá do
céu?
O dia das mães, mesmo com seu apelo comercial é uma
referência, um lembrete para os mais ocupados, pois o bom filho não precisa olhar
na folhinha para lembrar daquela que é sua única e exclusiva razão de ser.
Para todas a verdadeiras mães e para as minhas em especial,
um beijão amoroso desse velho e capenga escriba.
José Roberto- 08/05/15
Como todos os anos, você nos brinda com um texto limpo e tocante,
ResponderExcluirO Dia das mães merece mesmo uma comemoração especial, e você, como ninguem, sabe fazer essa justa homenagem,
Parabens e um abraço,
Pedro Paulo
Amigo
ResponderExcluirFiquei emocionado. Transmita a sua esposa Regina, os meus votos de um feliz dia das mães.
Valério
Como sempre meu pai me leva às lágrimas! Lindo texto! Obrigada! Beijão, Fê
ResponderExcluirCom esta comovente crônica você tocou os nossos corações, mesmo sendo o "Dia das Mães", no domingo. Nossas eternas e inesquecíveis mães, como você bem colocou, estão zelando por nós. Por isso temos sempre de agradecê-las.
ResponderExcluirQuem puder entre no You Tube e ouça a música " You may be Gone", escrita por Paul Hardcastle, onde ele faz uma homenagem a sua mãe que faleceu muito cedo vítima do câncer:
"You may be gone
But you'll never be forgotten
You may be gone
But I still think about you often
Você pode ter ido embora
Mas você nunca vai ser esquecida
Você pode ter ido embora
Mas eu ainda penso em você, muitas vezes"
Paul Hardcastle-You May Be Gone (Traducida)
https://www.youtube.com/watch?v=TJ7JEpGK0ME
Vanderlei