BLOCO DO VOLUME MORTO
Carnaval chegando, trânsito numa confusão desgraçada, cidade
repleta de turistas e praias lotadas de mulheres altamente apetitosas.
Escrevo por imaginação, pois não sou freqüentador de praias,
todavia, pelas “potrancas” que vejo circulando na zona sul, chego sem
dificuldades a essa óbvia conclusão.
O coroa que passar mais de uma hora circulando pelas areias
de Ipanema e Leblon, se não tiver um piripaque com a pressão indo as alturas,
com certeza voltará “vesgo” para casa.
Já relatei em textos antigos, que meu sonho de juventude era
passar um carnaval no Rio, participando dos inesquecíveis bailes do Municipal e
Monte Líbano.
Ficava inebriado vendo as fotos das mulheres maravilhosas,
semi despidas, dançando despudoradas sobre as mesas, publicadas no Cruzeiro,
Manchete e Fatos e Fotos.
Brincava com os amigos, caso esse desejo se realizasse, que
os jornais no dia seguinte estampariam a seguinte manchete: “Tarado paulista
preso no Municipal”.
Doces sonhos da juventude a parte, tenho que botar as barbas
brancas de molho, ficando na marcação de minha netinha, que tem exteriorizado traços de uma futura
foliona, pois adora curtir os bloquinhos infantis que acontecem no entorno da
Lagoa.
“Essa minha netinha é uma brasa, mora”, como diria o gagá démodé
Roberto Carlos.
“É isso aí bicho!!”
Provando que o carioca é mesmo um povo alegre e espirituoso,
pegando gancho na crise hídrica que nos ronda, foliões fundaram o “Bloco do Volume Morto”, que ficará parado
nas esquinas das ruas Uruguai e Barão de Mesquita, em Andaraí.
Atentem para o detalhe: “ficará parado”, pois somente será
permitido no bloco a participação de homens, a partir dos 50 anos.
O primeiro ensaio está marcado para o próximo sábado, as
10,00 horas.
Sei que alguns velhos companheiros da Turma do Tênis, pretendem
marcar presença nesse gaiato bloco.
Dispenso convites, pois por enquanto, ainda estou vertendo
água pelas comportas.
Bom carnaval a todos. Recomendo a meus amigos enrustidos que
aproveitem para “sair do armário”, rasgar a fantasia e se esbaldar adoidados.
José Roberto- 12/02/15
Tenho saudades dos bailes de carnaval nos clubes, paquerando as meninas, dando amaços!
ResponderExcluirVelhos bons tempos que não voltam mais.
Hoje, todo mundo na rua, se apertando nos milhares de blocos.