AO MESTRE, COM PESAR.
Essa greve dos professores da rede municipal já passou dos
limites.
Esses mestres de meia tigela já estão se equiparando a
outras categorias de bagunceiros, pelo tamanho da desordem que vem causando a
cidade.
Nesse exato momento em que escrevo, vejo e escuto o ronco de
três helicópteros sobrevoando a Cinelândia, registrando a cenas degradantes da
ocupação da Câmara Municipal.
Os grevistas raivosos foram enjaulados, pois todo o
perímetro foi cercado com grades, impedindo o acesso, atrapalhando a vida de
quem trabalha nas imediações e esculhambando com o trânsito.
Ontem, o clima foi de guerra, com cacetadas a granel de
ambas as partes, incrementada com a adesão dos famigerados “Black Blocs”, que
como hienas, farejam o cheiro dos tumultos para se imiscuir e piorar o quadro.
Com o apoio desses bandidos mascarados, o nível das
agressões aumentou, a bagunça e a depredação se generalizaram, com a destruição
de agências bancarias e estabelecimentos comerciais, que alem de totalmente
arruinados, foram também saqueados.
Esses criminosos mascarados deveriam ser abatidos a tiros,
não com balas de borracha, mas com chumbo grosso, para serem definitivamente
eliminados da face da terra(sonhar não custa nada).
A greve, que se arrasta a meses, prejudicou definitivamente
o ano letivo, sem esquecer, que muitas mães que trabalham, contavam com a
permanência de seus filhos durante parte do dia nas escolas, tendo sua rotina
comprometida.
Não vou mencionar valores, pois de qualquer forma o salário
dos professores é irrisório, indigno, insuficiente para permitir uma vida
descente numa cidade como o Rio de Janeiro.
A nobre profissão do magistério vulgarizou-se, perdeu seu
mérito devido a obtusidade de nossos governantes, que de longa data,
menosprezam a importância do conhecimento, da cultura e da educação, como
fatores imprescindíveis para o desenvolvimento e progresso do país.
O magistério, especialmente o do nível médio, apequenou-se,
a ponto de somente os que não conseguem se encaixar em outra profissão mais rentável,
os rejeitados funcionais, optarem como tábua de salvação, pelo o exercício da
profissão.
Não posso deixar de mencionar que existe uma pequena parcela
de idealistas, que ainda acreditam e tem a verdadeira e sagrada vocação.
Mas são poucos, insuficientes para manter o ensino em
padrões aceitáveis, a ponto de mais da metade dos alunos que concluem os cursos,
serem incapaz de ler e interpretar um texto. São analfabetos funcionais.
Essa é a triste realidade de um país que patina na
ignorância e que nada faz de concreto para tentar melhorar de forma efetiva
essa situação degradante.
Nosso ensino público é uma catástrofe.
O abismo entre os que tem condições de pagar uma escola
particular e os menos favorecidos, obrigados a se sujeitar a esse ensino meia
boca, tende a aumentar.
Promessas de utilizar recursos do Pré-Sal são apostas
temerárias, politiqueiras, num futuro distante e incerto.
O certo mesmo, é que professor de nível médio da rede
pública é uma classe desprestigiada.
Já sabiam disso quando escolheram essa profissão,
antigamente tão honrosa.
Em respeito aos alunos, que nada tem a ver com essa “sinuca
de bico”, deveriam pegar suas trouxas e retornar as salas de aula.
José Roberto- 01/10/13
É mesmo triste ver esses professores se humilhando, fazendo bagunça, em busca de um salário digno, que com toda certeza, não conseguirão.
ResponderExcluirInfelizmente, professora de primeiro grau, é hoje no país uma especie em extinção.
ResponderExcluirO que sobra é uma mutação genética inexplicável.
Muitas seriam reprovadas em provas normais.
Coitado dos alunos.
É publico e notório que a educação é um fator que vem atrasando o desenvolvimento nacional. No entanto, do governo do FHC até agora a máquina pública acrescentou mais de 200 mil funcionários, sendo que a educação não melhorou em nada. A melhoria na educação é uma meta fictícia do governo, pois melhorando a educação perde-se voto na mesma proporção do crescimento do esclarecimento da população. Com certeza não teremos a melhoria no ensino público tão cedo, tendo em vista que o PT não sairá do governo também tão cedo.
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