A OPINIÃO DO ZÉ- SETE ANOS

A OPINIÃO DO ZÉ- SETE ANOS

Hoje não vai ter festa lá no meu apê.

Mas vou abrir a derradeira garrafa do vinho proibido, “Monte dos Cabaços” e degustá-la lentamente, com alguns queijos que ontem comprei no Prezunic.

Um excesso extemporâneo, para comemorar os sete anos do meu blog.

Desde o meu primeiro texto em 18 de outubro de 2006 , já se foram mais de 1.500, sobre assuntos variados e inverossímeis, alguns bastante íntimos e pessoais, despejando através das palavras, o jeito Zé de encarar o cotidiano e rememorar o passado.

Comecei incentivado por minha mulher e filhos, dando vazão a raiva contra a United Airlines, tentando converter as minhas acumuladas em passagens para os esteites.

De início,  uma meia dúzia de leitores, família e amigos do tênis.

Aos poucos, com os repasses, surgiram novos leitores, conhecidos, ou conhecidos de conhecidos.

Ao contrário do que se encontra na Internet, meu blog é extremamente pobre, sem atrativos alem do texto, que pode ou não cair no gosto no paciente leitor.

Até o final de 2011 escrevi através do provedor Terra, que por estranhas e secretas razões, após vários textos depreciativos sobre a conduta do “bode velho marimbondo de fogo” Sarney e seu clã, retirou meu blog e email do ar, sob a alegação que atenderam meu pedido.

Inconformado, tentei reverter a situação, sem sucesso.

O Terra me concederia espaço para outro blog e outro email, mas negou-me o acesso e manutenção daqueles que utilizava.

Com orientação de meu filho, migrei para o Blogspot, com um início meio lento, para adaptação dos amigos leitores, revelando porem um maior alcance, pois comecei a ser lido no exterior.

Iniciei com meia dúzia, passei para cem e hoje entre mil e duas mil pessoas lêem diariamente meus textos.

Tenho leitores fieis e diários, por ordem de grandeza, alem do Brasil, nos Estados Unidos, Alemanha, Reino Unido, Rússia, Ucrânia, Canadá, Bolívia, Portugal, Canadá, Israel e China.

Eventualmente, curiosos de outros 22 países acessam meu blog, provavelmente brasileiros saudosos, curiosos e bons de Internet, que procuram noticias sobre o Brasil distante.

Encaro a tarefa de escrever o texto diário, sempre que estou no escritório, como uma obrigação, um exercício para a mente e para o cérebro, tentando manter os neurônios ativos.

A absoluta maioria dos textos surgem de improviso, quando bem cedo, sentado no trono, local onde todo brasileiro transpira e faz força, leio o jornal diário ou uma revista, companheiros inseparáveis para uma boa “obra” e um final feliz.

Escolhido o assunto, me concedo o tempo máximo de uma hora, para elocubrar minhas considerações, tratando os assuntos políticos e econômicos sempre de forma escrachada, buscando fugir da mesmice, pois os jornais já tratam esses assuntos de forma sóbria.

Apesar de escrever para mim mesmo, dando vazão ao sentimento de inconformidade que me atormenta, convivendo e sendo espoliado por políticos corruptos, acredito, que minha voz é a mesma de milhares de brasileiros honestos que sentem esses mesmos constrangimentos, mas que preferem ficar calados, por falta de tempo, acomodação ou preguiça.

Portanto impossível não sentir aquela satisfação interna, ao perceber que amigos e estranhos perdem seu precioso tempo lendo as besteiras que escrevo.

Sensação agradável ao encontrar com um vizinho passeando com seu cão, que passando e escutando minha conversa com uma amiga fiel leitora, para e pergunta: “Você é o Zé? Pô cara,  sou leitor do seu blog”.

A Internet é um mundo maravilhoso, permitindo que curiosos esbarrem nos meus textos, que cheguem a locais distantes, fazendo muitos amigos virtuais e uns poucos desafetos.

Finalizando, envio um forte abraço a todos os meus leitores, pedindo desculpas pelos eventuais escorregões gramaticais, pelos palavrões, imprescindíveis num desabafo sincero e pela paciência de ler os meus textos, exagerados, ridículos, singelos, piegas, mas que brotam do coração.

José Roberto- 18/10/13