EFICIÊNCIA POLICIAL

EFICIÊNCIA POLICIAL

Todas as redes sociais estão comentando, gozando e achando ridículo o destaque dado pela Globo, a ponto de apresentar no Fantástico uma longa entrevista com a  atriz  “encardida” Caroline Dikman , sobre o roubo de suas fotos eróticas.

Só poderia ser falta de assunto, pois se a atriz deu mole, facilitando a vida dos hackers deveria ser problema dela, e ainda mais, quem manda arquivar fotos peladona(e outras?) no computador e ter a idéia de jerico de enviá-lo para reparos?

Essa atriz enjoadinha até que é bonitinha, mas quem já a viu pessoalmente, sem maquiagem global, percebe logo que não é grande coisa, não que seja de jogar fora.

Baixinha, de perninhas tortas e do tipo “bunda baixa”, tronco grande e pernas curtas, nada que a televisão não de jeito.

Porem, alem do destaque na mídia global, o que impressionou foi a rapidez com que a policia federal localizou os suspeitos.

Uma eficiência do cacete, digna de um FBI e Scotland Yard.

Pena que essa brilhante atuação só acontece raramente, limitando-se a casos em que estão envolvidos autoridades, milionários e artistas. Para pessoas comuns o tratamento é bem diferente.

Esqueci de mencionar a importância de ter grana para contratar um advogado conhecido, com livre transito em Brasília, a exemplo desse Kakay e do Marcio Thomaz Bastos.

Embora sob a gestão do gaúcho macho Beltrame, a situação tenha melhorado um pouco, pois o homem de bombacha centrou seus esforços em acabar com o tráfico nas favelas, sendo os delitos menores são meio que relegados ao acaso.

Basta viver uma experiência, relatando um roubo de carro, para constatar a displicência do policial que está lavrando o boletim de ocorrência.

Com ar cansado, informa que já é o décimo naquela noite e que são pequenas as chances de recuperação. O melhor é acionar logo o seguro, desde que o infeliz tenha tido expediente e grana para bancá-lo.

Outra experiência interessante e engraçada, aconteceu comigo, há bastante tempo.

Um boy que prestava serviços para minha empresa, ao invés de pagar o IPVA de um Mitsubishi que eu tinha na época, deu um jeito de descontar o cheque e torrar a grana em um conjunto de som.

Sua irmã, pessoa correta que havia trabalhado conosco durante muitos anos e que nos indicou o mano para pequenos serviços, ligou, estranhando o fato dele ter aparecido com aqueles equipamentos eletrônicos.

Expliquei que ele tinha sumido com a grana do IPTU e ela mesma sugeriu que lavrássemos a ocorrência policial, para que ele tivesse o castigo merecido, pois já não era a primeira vez que aprontava.

Me dirigi até a delegacia da Praça Mauá e depois de aguardar um tempo, fui atendido por um escrivão atencioso.

Relatei os acontecimentos, informando sobre o furto de aproximadamente três  mil reais, fornecendo o endereço do “meliante”. O escrivão ainda mais atencioso ,quis saber se o “bandido” ainda estava de posse da grana.

Quando informei que ele já havia torrado o dinheiro, o desapontamento do escrivão foi imediato, alegando que nem valeria a pena lavrar a ocorrência, pois o pessoal estava sobrecarregado, etecetera e tal.

Quando notou que não havia mais chance de recuperar a grana, perdeu todo o interesse pelo caso e se recusou a documentar o furto.

Estava de olho nos meu três mil.

Fiquei com cara de beste, aprendendo que da policia, quanto mais distante melhor.

É obvio que o atendimento melhorou de uns tempos para cada, pois foram até criadas delegacias especiais para turistas.

Não que resolvam, mas ao menos escutam com educação, as lamúrias dos incautos forasteiros que caíram nas mãos dos trombadinhas e trombadões.

No frigrir dos ovos, nosso policia só funciona mesmo, quando os envolvidos no bafafá são figurões ou pessoas relacionadas com a mídia.

O povão continua de calças na mão.

José Roberto- 16/05/12