DELAÇÕES
PREMIADAS
Recebi o
vídeo do depoimento de Renato Duque, ex-Diretor de Serviços da Petrobras, ao
juiz Sérgio Moro, na época áurea do Processo do Lava Jato.
O conteúdo
desse depoimento é devastador, citando nomes de dezenas de políticos e diretores
da empresa, envolvidos em bilionários atos de corrupção, com rateio programado
dos butins, entre partidos, diretores, funcionários e doleiros.
No caso da
Diretoria de Serviços, o PT era o grande beneficiário da rapinagem, com seus tesoureiros
(três no período de Renato Duque: Delúbio Soares, Paulo Ferreira e João Vacari
Neto) recebendo a grana fazendo a divisão interna e obviamente sempre tirando
uma casquinha em proveito próprio.
Pelas
declarações de Renato Duque, a roubalheira na Petrobras era institucional e
endêmica, sendo que cada Partido Político que apoiava o governo, indicava o
diretor da área e tinha o controle total sobre o recolhimento e distribuição da
propina. Tudo muito bem organizado, coisa de corruptos de alto naipe.
Dentre os
figurões citados no depoimento, aparece com destaque Palocci, então Ministro da
Fazenda, responsável segundo Duque, por gerenciar a parte que cabia ao então
Presidente Mula, o maior ladrão de nossa história, o homem que se diz mais
honesto que Jesus Cristo.
É um
depoimento estarrecedor, que num país razoavelmente sério, condenaria todos os
envolvidos ao “paredon”, ou prisão perpétua.
(Tenho uma
inveja danada de El Salvador, que com um Presidente honrado, acabou com a
corrupção em seu país)
Renato Duque
devolveu aos cofres da Petrobrás, inicialmente 20 milhões de euros e
posteriormente dinheiro de outras duas contas offshore, cujo montante não
consegui apurar.
Todo esse
preambulo, abordando o depoimento de apenas um diretor da Petrobras, escancarou
o esgoto nojento que era as entranhas da empresa, onde toda a alta direção
patinava num mar de lama. Se somarmos essa confissão, a dos demais diretores e
dos dirigentes das grandes empreiteiras, que assinaram formalmente acordos de
delação premiada, se comprometendo a devolver bilhões aos cofres públicos, tudo
registrado, aprovado e os caralhos a quatro, ficamos ainda mais pasmos com a
ousadia do ex-office boy petista, Dias Toffoli, ao cancelar todos os
depoimentos e acordos firmados durante o Processo do Lava Jato.
Esse
ministro pagou com folga todo o investimento do PT, para guindá-lo ao
importante cargo.
Estranhamente,
outro ministro que por sinal, é o chefão do STF, apoiando Toffoli, argumentou
que as delações premiadas não são provas de fato, mas indícios, não podendo
servir de base para uma condenação.
Porem, em se
tratando de ferrar o ex-Presidente Bolsonaro, fica o dito pelo não dito,
valendo qualquer coisa, rasteira ou covarde para incriminá-lo, pois Alexandre
de Moraes aprovou a delação premiada do seu ex-ajudante de ordens, Mauro Cid,
que para livrar o rabo , deve estar construindo belas narrativas para
incriminar seu ex-chefe, mandando honra, dignidade e lealdade as favas,
contribuindo ainda mais para denegrir a imagem já desgastada de nosso Exército.
Beleza de
país, beleza de justiça, beleza de povo.
Fora Mula!
José
Roberto- 22/09/23
Realmente estarrecedor o está acontecendo no Brasil difícil de acreditar e impossível explicar. Abraço bom dia
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