OS MUQUIRANAS DA TURMA

                                              APENAS A FOTO DA NOSSA QUADRA ...

OS MUQUIRANAS DA TURMA

 

Infelizmente perdemos nosso melhor atleta, meu vizinho de porta Alessandro, que mudou para Orlando-USA, convidado para dar aulas de tênis ganhando uma baba.

Alessandro já cobrava uma nota preta(afro-descendente) pelas aulas ministradas aqui no Brasil, e partiu para melhor, deixando um estepe encarregado de seus alunos, baixando preço, e garantindo um extra aqui em nossa terra. O danado não dá ponto sem nó.

Alem da inveja, pois eu e a maioria do grupo bem que gostaríamos de morar nos Esteites, ficamos desfalcados de nosso craque, que cansou de nos surrar e ensinar, embora não sejamos bons alunos. Continuamos os mesmos pernas de pau, no caso “braços de pau”.

Oferecemos ao retirante um churrasco, as vésperas de sua partida. Eu, como de costume, encarregado das compras e do rateio final das despesas.

Também, como de costume, sempre levo na tarraqueta, pois cobrar a quota parte de alguns membros da turma é malhar em ferro frio, tirar leite de pedra.

O pior da turma é sem dúvida o Carlos Kgão, que aparece no meio do churrasco, come esganadamente as pressas e tira o time, recusando-se a participar do rateio, alegando que passou apenas para cumprimentar o amigo.

É sempre assim, em todo churrasco não confirma presença, mas aparece, come, bebe e some também de repente.

Dado ao insucesso das inúmeras tentativas de ressarcimento, já lancei as perdas na conta de prejuízos, coluna irrecebíveis.

Existem outros, talvez não do mesmo quilate, mas também lisos feito “bagres ensaboadas”, na hora de bancar um churrasco ou similar.

Peter é um deles.

Gêmeo idêntico de Miguelito, nosso Cristiano Ronaldo do tênis, o rei do gancho; foi acolhido no grupo por obra e graça do patrício, mas nos deve uma “churrascada libanesa” há quase um ano. Vai sempre prometendo e postergando.

Miguelito embroma, mas compensa, comparecendo sempre com as cervas e os “copos limpinhos”(exigência de Juju), depois de nossas disputadas pelejas, nos sábados e domingos.

Jujuarez, o gentleman e almofadinha do grupo, nos enrola delicadamente com sua boa lábia e também fica na encolha, pensando que eu deixo passar. Tomo nota, aponto o dedo e fico cobrando.

Paulo Pentelho fica no meio termo. Propiciou uma hamburgada e ficou nisso. Nunca trouxe algo para ser bebido após os jogos. Contenta-se em repartir o mate trazido por Juju.

David  é uma incógnita.

Ainda não descobrimos a data de seu aniversário e ele continua fazendo o segredo e dando uma de João sem braço. Fica na moita. Já está na minha alça de mira.

Marcelinho é o único a quem somente tenho elogios. Nossa Formiga Atômica não nega fogo.

Comparece sempre com suas IPAs e APAs da melhor qualidade, propiciando em seus aniversários ótimos eventos e tira-gostos. É o mão aberta da turma.

Eu, como um bom caipira, também não deixo passar minhas festas em branco. Gosto de uma reunião com os amigos, mesmo com os muquiranas.

José Carlos, que quase esqueço de citar, é outro mão aberta, desapegado, mas não tem aparecido há bastante tempo. Será que cansou de nossas conversas vazias?

Alessandro que já partiu também não era dos piores.

Pensa que escapou, mas entrou numa fria.

Já estamos preparando um calendário de visitas e hospedagens em sua mansão de Orlando.

Serei o primeiro da fila, pretendendo passar apenas uns 15 dias, desfrutando das mordomias, 0800, na casa do amigo.

Aviso, que além de gostar das cervas americanas, também aprecio os bons vinhos de Napa Valley e Sonoma. Despensa cheia. Vou com a família toda.

Nossa turma é foda. Não dá para bobear, mas não aprendo.

É bem mais apetitoso falar mal da turma , que de nossos malditos políticos.

Mula é ladrão!

 

José Roberto- 03/05/22