QUERO MEUS
CHARUTOS
Comecei a
fumar charutos por volta de 1982, mediante recomendação de um irmão mais velho,
me apresentando o vício como uma alternativa para combater as aftas, que sempre
me afligiam,
Minha mãe
padecia dessa inconveniência, meus irmãos em graus variáveis, o meu mais
acentuado, e infelizmente transferi o padecimento a minha primogênita, que
sofre um bocado com esse desgraçado incômodo.
Milagrosamente,
o alcatrão contido no charuto é um santo elixir, tanto assim que em menos de um
mês após adentrar no vício, fiquei livre das desgraçadas aftas.
Recomendo o “remédio”
a todos que padecem desse mal, pois além de tornar o ato de comer um suplício,
as aftas na língua dificultam até a fala. Nos períodos críticos, quando ainda
na ativa, participando de reuniões , fazia bochechos com substâncias anestésicas
para poder dar meu recado de forma razoável, já que nunca fui um bom orador e
com a aftas ficava um desastre.
Não é um
problema de acidez, comuns nesses casos, tendo talvez um fundo alérgico, pois
fiquei sabendo que é um suplício hereditário, comum nas pessoas de nossa
família.
Toda essa extensa
introdução foi necessária, pois além de dar dicas “saudáveis” a meus leitores,
foi o gancho para abordar o assunto do texto de hoje, baseado numa entrevista
que li, do Presidente do BNDES, Gustavo Montezano, comentando as barbaridades perpetradas
nos governos Mula e anta Dilma.
Dentre os
bilhões emprestados, ou melhor doados a Cuba, uma dessas bondades no valor de
176 milhões de dólares, teve como garantia, “recebíveis da venda de charutos”,
fato ocorrido no governo Mula, em 2010, com aval da Câmara de Comércio
Exterior- Camex, que considerou as garantias aceitáveis(pqp).
Ao câmbio atual,
esse valor corresponderia a mais de 1 bilhão de reais. Nossa grana a troco de
charutos.
Cheguei a
ler uma nota, que obviamente não é de um entendido ou viciado, sugerindo que
diante do calote cubano, deveríamos ser ressarcidos em charutos, dando uma
média de 5 por brasileiro.
Pelos meus
cálculos, daria 1 por pessoa, se tanto, considerando um charuto de preço médio,
pois um Cohiba custa mais de 30 dólares.
Como a maioria
de meus amigos e leitores não fumam, pretendo iniciar uma campanha, solicitando
que todos abram mão, dos 5, transferindo-me todos os direitos de pleitear o
ressarcimento junto ao governo cubano.
Como tenho
um vizinho que é embaixador aposentado, estou mexendo os pauzinhos junto o Ministério
das Relações Exteriores, utilizando seus conhecimentos e influência, para resolver
o impasse, tentando aplainar o caminho, facilitando futuras negociações,
prevendo antecipadamente êxito em minha cruzada, que eventualmente poderá ser estendida
senão a todos os brasileiros, ao menos aos generosos cariocas não fumantes.
Ficaria
satisfeito com umas 200 caixas(com 25 unidades), dos grandes, tipo double
corona, robustos ou Churchil, que fumaria com parcimônia até os 100 anos,
obviamente entremeados com outros mais baratinhos.
Caso tivesse
êxito em minha empreitada, com auxilio dos anjos e santos, nunca mais
criticaria os empréstimos concedidos a “El Comandante” e seus capachos, a não ser para fazer elogios, de olho numa
eventual contrapartida.
Não posso
deixar de mencionar, que os charutos brasileiros são ótimos, mas com a tributação
excessiva estão custando os olhos da cara. Só ganhando de presente.
Mula é
ladrão!
José
Roberto- 08/02/22
A minha cota de charutos será doada pra você.
ResponderExcluirMUITO OBRIGADO VANDECO.
ExcluirABCS
GIMA