QUARENTENA- DIA 107- A BEIRA DE UM ATAQUE DE NERVOS
Para
mudar um pouco de assunto, pois não há novidades no front, repico o texto
escrito em abril de 2014, que mais ou menos retrata minha situação atual, pois
na próxima segunda(dia 06/07) farei uma visita forçada ao Dr. Kededo.
A BEIRA DE UM ATAQUE DE NERVOS
Já afirmei inúmeras vezes, que ando numa fase meio “down”,
com o saco mais cheio que o do Papai Noel em véspera de Natal.
Expliquei algumas das razões, mais existem outras.
Acordei hoje com um oco na barriga, não de fome, mas de puro
“cagaço”.
Inicio nesta data meu check-up anual, que a cada ano atraso
um pouquinho. Desde o último, já se vão ano e meio.
Com a repetição, até que perdi boa parte do medo, suportando
estoicamente as perfurações em meu corpo, para coleta superfaturada de um
sangue bom, que suo para fabricar.
Não reclamo mais por ter que engolir contrastes de cores e
gostos horríveis, alguns até radioativos, as vezes, injetados em minhas veias
através de agulhas rotundas que causam sérios estragos em minha pele cansada,
que já perdeu o viço e resistência.
Não me incomodo com o desconforto de entrar em canudos
estreitos, e ficar horas deitado, completamente inerte, submetido a sons e
barulhos torturantes.
Chato mesmo é tomar litros e mais litros de água, e com a
bexiga cheia, quase estourando, esperar o danado do médico que irá pilotar o aparelho
de ultrasonografia, pois o sádico, sempre atende com atraso, somente após
ameaças do “mijo eminente”.
Com a avançar dos anos(sem trocadilho), temos que nos
resignar e aceitar essas humilhações com destemor e picardia, pois o corpo
velho e cansado requer cuidados especiais, embora desagradáveis.
Tudo que mencionei, até com um pouquinho de exagero, exames,
perfurações, entrar pelos tubos, cagadas
e mijadas consigo tirar de letra, porém,
deixei por último a verdadeira origem, a “mãe de todos meus temores”, a razão
maior do meu grande cagaço.
Quando lembro que tenho que passar pelo urologista, quase
borro minhas calças.
Tenho que juntar todas minhas forças para penetrar no consultório
do Dr. Kededo, o verdadeiro “inferno de
Dante”.
Escrever e descrever o infortúnio de uma “dedada”, requer
uma serenidade da qual não disponho no momento.
Deixo para abordar o tema numa manhã mais feliz, num próximo
texto.
E vamos ao sacrifício!
José Roberto- 30/04/14
José Roberto- 02/07/20
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